O valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelas empresas do sector da Economia da Terra representa 8% do VAB total das empresas portuguesas (7% em 2022), destacando-se a indústria agroalimentar e a actividade agrícola e pecuária. Nos 5 anos até 2022 (dados mais recentes), e apesar dos efeitos da Covid-19, o VAB das empresas registou um crescimento médio anual (nominal) de 5.9%. Na agricultura, destaca-se a produção de frutas, hortícolas e vinho.
Os dados são avançados pelo estudo do Novo Banco, realizado pelo Research Económico do seu Departamento de Tesouraria e Financeiro, “A Economia da Terra em Portugal – Caracterização e Conjuntura”, lançado no passado dia 11 de Junho, na Feira Nacional de Agricultura (FNA 24), em Santarém.
Considera o estudo como parte da Economia da Terra as actividades ligadas à agricultura; silvicultura e floresta; indústria alimentar com base terrestre; indústria de bebidas; e indústria de madeira, cortiça e afins.
Por outro lado, adianta o estudo do Novo Banco que o peso do sector primário estabilizou nos 2% do produto interno bruto (PIB) em 2023 (vs. 4,8% em 1995 e 1,9% na média da União Europeia), com um crescimento anual de 20,4% em 2023 (vs. 5,6% na UE). O crescimento acumulado é de 55,5% desde 2010 (vs. 58% na UE).
Em termos de quantificação do número de empresas, as da Economia da Terra pesam mais de 6% no total nacional. Na agricultura, continua uma predominância de pequenos produtores, mas empresarialização mantém peso crescente.
Quanto a indicadores financeiros, diz o estudo do Novo Banco que os sectores da Economia da Terra têm autonomia financeira e rendibilidade do activo acima da média, mas salienta que o “ciclo produtivo impõe necessidades de financiamento elevadas no sector agrícola”, acrescentando que o peso do financiamento está “relativamente estável, e em linha com a média da economia nacional” e que a “redução da pressão financeira permite uma maior estabilidade”.
Pode ler o estudo do Novo Banco “A Economia da Terra em Portugal – Caracterização e Conjuntura” aqui.
Agricultura e Mar