O projecto da Rede de Produtores Locais do Algarve pretende criar um sistema de abastecimento à restauração colectiva, como cantinas escolares ou de outros serviços públicos e de Instituições Particulares de Solidariedade Social. Este foi um dos projectos para 2022-2025 discutidos na reunião de ontem, 13 de Outubro.
Segundo uma nota de imprensa da DRAP Algarve — Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, foi “discutida, a preparação de uma candidatura a implementar no período compreendido entre 2022 e 2025, no âmbito do PRR/Terra Futura (Ministério da Agricultura), focada em dar sustentabilidade à pequena produção local, com destaque nos modos de produção sustentável, valorizar a proximidade, com menos pegada ecológica, numa vertente da coesão social, territorial e ambiental, contribuindo assim para melhorar a dieta alimentar da população com base na dieta mediterrânica”.
Esta candidatura prevê um conjunto de actividades, tais como identificar produtores/produções locais; aumentar o número de agricultores e área de produção em Modos de Produção Sustentável na RPL; criar serviços de apoio à inovação e desenvolvimento de produtos e apoiar a organização e assistência técnica a produtores locais e a realização de acções de capacitação/visitas a unidades demonstrativas.
Por outro lado, pretende criar um sistema de abastecimento à restauração colectiva (cantinas escolares, IPSS, etc.); criar um modelo de organização e funcionamento de Mercados de Produtores Locais; organizar acções de sensibilização com o objectivo de aumentar o nível de adesão à Dieta Mediterrânica, entre outras.
“Sistemas Alimentares Sustentáveis”
Outro dos temas em debate foi o “Sistemas Alimentares Sustentáveis”, um dos projectos sob coordenação da AMAL, que se encontra já em execução e que decorrerá até final de 2022. Um projecto especialmente dirigido às zonas de baixa densidade, que visa a implementação de um sistema de compras públicas agregadas da produção local para abastecimento de instituições locais e regionais, como por exemplo escolas e Instituições Particulares de Solidariedade Social, entre outras. Baseia-se em circuitos curtos de comercialização, assentes em modos de produção e consumo ambientalmente sustentáveis que promovam a biodiversidade, os conhecimentos tradicionais e as dietas saudáveis, com grande foco na dieta mediterrânica.
Como principais acções deste projecto a DRAP Algarve destaca a realização de diagnostico para a reorganização de mercados locais (cadeias curtas de comercialização), avaliar o mercado institucional do alimento (regional/municipal), testar acções-piloto (abastecimento de cantinas públicas) e desenvolver uma estratégia global de compras públicas de alimentos para a região.
Rede de Produtores Locais do Algarve
O projecto da Rede de Produtores Locais do Algarve visa a formalização de circuitos de comercialização baseados em cadeias curtas, aproximando os produtores agroalimentares dos consumidores, garantindo os requisitos de qualidade e segurança alimentar e o apoio técnico aos produtores.
Decorreu ontem, 13 de Outubro, mais um encontro desta Rede, constituída, nesta fase, pela DRAP Algarve, DGADR — Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, AMAL — Comunidade Intermunicipal do Algarve, Universidade do Algarve, os Municípios de Lagos, Loulé e Tavira e as três Associações de Desenvolvimento Local do Algarve (Vicentina, In Loco e Terras do Baixo Guadiana) onde se discutiram os projectos e as linhas de acção que irão ser lançadas para a Região Algarvia, no período entre 2022-2025.
Segundo a DRAP Algarve, prevê-se que nos próximos encontros sejam apresentadas e discutidas as diferentes componentes da candidatura e do plano de acção da Rede de Produtores Locais do Algarve.
Agricultura e Mar Actual