O salário médio dos trabalhadores do sector da agricultura e pescas, considerando as actividades económicas com mais de 75 mil trabalhadores por conta de outrem, está entre os mais baixos do País. É de 916 euros, menos 25% do que o dos trabalhadores por conta de outrem em geral. São menos 227 euros por mês.
Os dados são da Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e já incluem horas extra, subsídios de férias e Natal ou prémios. Só no sector do alojamento e restauração se ganha menos (873 euros).
Os indicadores da Pordata foram publicados no Dia do Trabalhador, 1 de Maio, e permitem caracterizar o perfil da população empregada no País, em comparação com a União Europeia (UE). Temas como a idade, o nível de escolaridade, os salários, ou os tipos de contrato que estão em vigor são o objecto desta análise.
Quanto ao ordenado médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal, no global, incluindo horas extra, subsídios de férias e Natal ou prémios, foi de 1.368 euros. O salário mínimo nacional está cada vez mais próximo do ordenado médio. Em 2002, o salário mínimo correspondia a 43% do ganho médio e em 2022 esta percentagem já tinha subido para 52%.
Entre outros dados, é possível perceber que a taxa de desemprego aumentou no último ano; que praticamente metade dos trabalhadores têm entre 44 e 64 anos; que Portugal é o 2º país da UE com menor percentagem de jovens no total de trabalhadores; e que os trabalhadores portugueses estavam igualmente distribuídos por nível de escolaridade: 1/3 até ao 9º ano; 1/3 com ensino secundário e 1/3 com curso superior.
Por outro lado, os dados da Pordata mostram que Portugal é dos países da UE onde menos mulheres empregadas trabalham em part-time; que é o 5.º país da UE com salário médio mais baixo (apenas com Eslováquia, a Grécia, a Hungria e a Bulgária abaixo) ou que um em cada seis trabalhadores tem um contrato a prazo.
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