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SinFAP cancela concentração à porta do ICNF mas mantém greve nacional

A direcção do SinFAP – Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Protecção Civil decidiu por unanimidade cancelar a concentração à porta do ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas marcada para dia 27 de Outubro, mas mantém a Greve Nacional, “abrindo assim porta ao diálogo para que os direitos e as reivindicações dos trabalhadores do ICNF sejam repostos e se acabe com o populismo e a propaganda criada em torno deste organismo que em nada resolve os problemas dos trabalhadores”.

A decisão foi tomada depois de a direcção do sindicato ter tido um contacto do conselho directivo do ICNF “com uma solicitação de reunião, que estamos a ultimar”, refere um comunicado do SinFAP, apelando “a todos os trabalhadores” do Instituto que adiram à Greve Nacional de dia 27 de Outubro e “denunciem situações de incumprimento laboral e de ausência de condições de trabalho”.

A concentração em frente às instalações do ICNF e a greve foi anunciada no passado dia 29 de Setembro, com a direcção do sindicato a exigir “a demissão do conselho directivo do ICNF” e “coisas tão básicas como ter direito a um Equipamento de Protecção Individual, sem terem de gastar do seu próprio bolso, para poder trabalhar em segurança”. Além disso pediam a “abertura de concursos de progressão para todos os trabalhadores através da avaliação do SIADAP [Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública]”, a “abertura de Procedimento Concursal nas carreiras de assistente técnico, vigilante da natureza, técnico superior, bombeiro sapador florestal e assistente operacional”, ou o “pagamento de trabalho suplementar e ajudas de custo em falta a todos os trabalhadores”.

Nuno Banza em contacto com sindicato

“Uma das principais razões que levou o SinFAP a decretar esta greve nacional foi a ausência de diálogo por parte do conselho directivo do ICNF, às centenas de solicitações que o SinFAP endereçou ao ICNF e que não tendo uma resposta, justificou a marcação da greve nacional”, refere o mesmo comunicado.

E acrescenta que “a marcação da acção de luta do SinFAP no ICNF veio já resolver um conjunto de reivindicações antigas, tendo o presidente do ICNF, Eng.º Nuno Banza sido forçado e enviar dois emails aos trabalhadores do ICNF, sobre a abertura dos concursos de progressão estagnados à vários anos e a entrega de telemóveis aos trabalhadores que exercem a sua actividade no exterior e que não possuíam qualquer equipamento de comunicação, assim como o pagamento do trabalho extraordinário e as ajudas de custo em falta a muitos trabalhadores”.

O SinFAP refere ainda que teve acesso à informação que o secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, “ordenou ao conselho directivo do ICNF, que tomasse as devidas diligências para reunir com o SinFAP e encetar as devidas negociações às reivindicações dos trabalhadores do ICNF que representamos e defendemos. Facto que originou já a um contacto do conselho directivo do ICNF ao SinFAP com uma solicitação de reunião, que estamos a ultimar”.

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