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Determinação do pH de um terreno. Quinta da Baleia, Oliveira do Hospital, 1954, Estação Agrária de Viseu. Acervo do GPP (autor não identificado)

GPP: “papel da agricultura nos territórios rurais é importante mas já não é suficiente para o desenvolvimento destes”

“O papel da agricultura nos territórios rurais é importante, mas já não é suficiente para o desenvolvimento destes, dado o seu pequeno peso económico e a diminuição do emprego agrícola”, consideram Eduardo Diniz e Bruno Dimas, respectivamente, Director-geral e Subdirector-geral do GPP — Gabinete de Planeamento Políticas e Administração Geral, do Ministério da Agricultura.

Em artigo publicado na edição n.º 28 da publicação Cultivar – Cadernos de Análise e Prospectiva, dedicada ao tema das estruturas agrárias, aqueles responsáveis adiantam que “na generalidade das zonas rurais, o solo é maioritariamente gerido por explorações agroflorestais, mas na população, no emprego e na produção, a agricultura tem um peso inferior a 10%. O rural não é sinónimo de agrícola”.

Por isso, “a política agrícola deve ser focada nas dezenas de milhares de explorações agrícolas determinantes em termos de abastecimento alimentar, emprego rural sustentável, transição ecológica e gestão territorial”.

Por outro lado, realçam que “pode ainda ser articulada na justa medida, de modo a ser um complemento local de políticas sócio-territoriais, para cujos objectivos a política agrícola não tem eficácia”.

Explorações agrícolas presentes ao longo de todo o território

“Embora a agricultura represente uma pequena parte do Valor Acrescentado Bruto da economia nacional, as explorações agrícolas estão presentes ao longo de todo o território português, marcando as paisagens nacionais com uma interacção substancial com os recursos naturais e a biodiversidade. A dimensão média das explorações agrícolas, embora verificando um crescimento constante, continua a ser relativamente pequena”, dizem ainda.

E frisam que “tal como em muitos outros países, tem-se registado uma redução ao longo do tempo na quantidade de mão-de-obra empregada na agricultura, com particular impacto na mão-de-obra familiar”, realçando que “em muitas explorações, a agricultura e a silvicultura coexistem e os agricultores são simultaneamente produtores florestais”.

Pode ler a edição n.º 28 da publicação Cultivar aqui.

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