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A saudável desculpa para comer uma amêndoa doce

Artigo de opinião de António Saraiva, Director Executivo da Portugal Nuts – Associação de Promoção de Frutos Secos

Indissociável da Páscoa, a imagem das amêndoas cobertas, faz parte do imaginário de muitos. E na mesa, a reboque destas, sempre aparecem umas ao natural, porque há familiares ou amigos à volta da mesa que se mantêm pelo tradicional e “renegam” o açúcar, bem como os que preferem optar pelas nozes, avelãs ou até mesmo pistácios.

Se há uma vantagem que as amêndoas doces têm nesta altura do ano é a de captar a atenção dos consumidores e darem origem a dois dedos de conversa sobre frutos secos, sobre as nossas preferências e sobre os benefícios do seu consumo.

Foi no final de janeiro deste ano, que uma consultora internacional (Innova Market Insights) identificou na conferência ‘Trends 2024’, a convite da Portugal Foods, as 10 tendências de consumo para 2024.

E os frutos secos respondem, como poucos alimentos, a 8 destas 10 tendências. Sabe a quais?

  1. Ingredientes-estrela: os consumidores procuram alimentos, que sejam fonte de proteína, minerais, fibras e gorduras saudáveis. Há décadas de investigação com artigos científicos publicados sobre os benefícios do seu consumo. Proteínas, gorduras insaturadas, minerais e fibras. São alimentos nutricionalmente equilibrados e recomendados em todas as dietas.
  2. Nutrir a natureza: alimentos provenientes de explorações que usem os recursos de forma eficiente e que tenham em consideração e respeitem o ambiente, são os preferidos. As novas plantações de frutos secos, são eficientemente geridas, com conhecimento das caraterísticas dos locais onde são instaladas e com práticas que procuram minimizar os impactos do processo produtivo.
  3. Priorizar a prevenção: a recomendação do consumo regular de frutos secos ao natural, em quantidades moderadas, faz parte da prescrição dos nutricionistas, tanto para consumidores com hábitos mais sedentários ou fisicamente ativos.
  4. Produtos de origem vegetal: no topo das preferências dos consumidores, os produtos com esta origem entram na lista de compras quer em fresco, quer em bebidas alternativas ao leite.
  5. O local torna-se global: o aumento da produção nacional de frutos secos, responde à procura para a preparação de refeições com proveniência local, em alternativa a outras origens (EUA, Chile, China ou Austrália).
  6. Heróis na cozinha: para os novos “chefs” caseiros, nascidos durante a pandemia, os frutos secos permitem replicar pratos de outras culinárias e dar o toque sofisticado que se encontra na restauração.
  7. Indulgência saudável: os ingredientes saudáveis têm de fazer parte dos snacks para que este hábito se mantenha do lado certo da nutrição. Os frutos secos são o ingrediente indispensável para esta parceria.
  8. Minimizar o ruído: a transparência e a honestidade na informação nutricional são determinantes. Os consumidores receiam ser enganados por embalagens muito apelativas. Conhecem algo mais simples e natural que uma amêndoa ou noz em casca?

Este conjunto de tendências é um match perfeito, e isso faz com que os frutos secos se mantenham sempre atuais para um vasto leque de consumidores.

Mas na época da Páscoa, há sempre um motivo para provar uma amêndoa coberta, nem que seja sem ninguém reparar. Também pode dar sempre a desculpa de que está a ajudar a produção nacional. É bem provável que algumas das amêndoas que vão ser consumidas nesta celebração pascal sejam produzidas em Portugal. Se puder optar pelo produto nacional, não hesite!

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