A DGAV — Direcção Geral de Alimentação e Veterinária está a divulgar o Plano de Acção Nacional para o Controlo do insecto Dryocosmus kuriphilus, o qual foi revisto e actualizado pela Comissão de Acompanhamento, Prevenção e Combate à Vespa das galhas do castanheiro.
O Plano estabelece as acções para prospecção e controlo da vespa das galhas do castanheiro no território nacional, no sentido de evitar a dispersão da praga em Portugal, definindo também as entidades envolvidas na sua execução.
O Plano de Ação Nacional para o Controlo do inseto Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu estabelece os procedimentos para a sua prospecção, monitorização e contenção e identifica as entidades que, no território português, estão envolvidas na execução das medidas de prevenção e controlo dirigidas a esta praga que tem apenas como hospedeiros plantas do género Castanea.
Este plano integra igualmente os objectivos e linhas de actuação previstas no Programa Operacional de Sanidade Florestal (POSF).
O insecto
O Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu, conhecido como a Vespa das galhas do castanheiro (classe Insecta, ordem Hymenoptera, família Cynipidae, Sub-família Cynipinae, tribo Cynipini), é um insecto que ataca vegetais do género Castanea, induzindo a formação de galhas nos gomos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ramos e a frutificação, podendo diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha e conduzir ao declínio dos castanheiros.
O insecto D. kuriphilus é originário da China tendo iniciado a sua dispersão mundial, primeiro na Ásia (Japão, Coreia e Nepal) e, posteriormente, na América do Norte (Estados Unidos da América) e na Europa, com a primeira detecção referenciada em Itália em 2002 e posteriormente em França, Eslovénia, República Checa, Hungria, Croácia, Espanha e mais recentemente em Portugal continental (Junho/2014) e na Alemanha. Na ilha da Madeira foi também detectado em 2014.
Este insecto faz parte da Lista A2 da OEPP e embora não constasse, quando da sua primeira detecção na União Europeia, dos anexos da Directiva (CE) 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de Maio, uma avaliação de risco da praga (ARP), realizada em 2003, demonstrou tratar-se de um dos organismos nocivos mais perigosos para as espécies do género Castanea.
Zonas afectadas
O insecto D. kuriphilus é actualmente considerado uma das pragas mais prejudiciais para os castanheiros em todo o Mundo e que na Europa, particularmente na região mediterrânica, pode constituir uma séria ameaça à sustentabilidade dos soutos e castinçais.
Em Junho de 2014 foram detectados os primeiros focos da praga nalguns concelhos da região de Entre-Douro-e-Minho e no final desse ano o insecto já tinha sido assinalado em 75 freguesias daquela região. Em Agosto de 2014 foram confirmados os primeiros focos na ilha da Madeira.
Apesar das medidas tomadas, a situação agravou-se em 2015, tendo a praga sido detectada em Trás-os-Montes, nomeadamente nas três principais zonas produtoras de castanha (Terra Fria, Padrela e Soutos da Lapa) bem como na região Centro, nos concelhos de Trancoso, Aguiar da Beira, Anadia e Fundão.
Também na região de Lisboa e Vale do Tejo, no concelho de Caldas da Rainha, foi assinalado um foco, mas entretanto erradicado.
Pode consultar o Plano aqui.
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