AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata (PSD) quer saber que medidas estão a ser equacionadas pelo Governo para compensar as perdas financeiras dos pequenos agricultores afectados pelos prejuízos registados por animais selvagens, nomeadamente javalis e veados.
Em três perguntas aos Ministérios da Agricultura e do Ambiente, entregues na Assembleia da República, o PSD quer ainda saber que acções estão previstas para apoiar o sector agrícola produtivo na recuperação de danos registados e que acções estão a ser coordenadas com os municípios.
Por outro lado pergunta que medidas estão a ser equacionadas em conjunto com as organizações da caça e outras, para controlo das populações de animais selvagens em 2022.
Explicam os deputados do PSD que “os fenómenos climatéricos dos anos recentes têm provocado alterações aos espaços florestais e consequentemente alteraram os habitats naturais de muitas espécies cinegéticas, que assim se vêem forçadas a procurar alimentos e água noutros territórios. Muitos destes animais, de grande porte, têm capacidade de se deslocar vários quilómetros, condicionado o ecossistema onde vivem ou por onde passam, criando e causando graves impactos económicos e ambientais, ao nível da flora e da fauna”.
“Graves prejuízos em culturas agrícolas”
Para além disso, realçam os social-democratas, “têm sido registados graves prejuízos em culturas agrícolas causados por animais selvagens, designadamente veados e javalis, cuja população parece estar em alguns casos descontrolada. São frequentes os relatos de destruição de sementeiras, de culturas agrícolas e de plantações florestais, deixando muitos dos agricultores numa situação de total incapacidade e ainda de maior fragilidade”.
O Grupo Parlamentar do PSD frisa ainda que as organizações do sector agrícola e florestal “vêm manifestando esta preocupação há anos, mostrando-se disponíveis para em conjunto com a administração encontrar as melhores soluções para o território, designadamente que assegurem o equilíbrio entre a conservação da natureza e a produção agrícola e florestal”.
“Apesar de já terem sido tomadas algumas acções ao nível da actividade cinegética e outras, os estragos registados em 2022 em zonas urbanas e rurais assumem cada vez mais uma dimensão preocupante a nível económico (designadamente a nível do sector agrícola), social, ambiental e em termos de saúde pública”, acrescentam os deputados do PSD.
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