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Pesticidas e abelhas: EFSA actualiza avaliações dos neonicotinóides

A EFSA – Autoridade Europeia de Segurança Alimentar vai actualizar as suas avaliações de risco para as abelhas em três pesticidas neonicotinóides. As novas avaliações da clotianidina, imidaclopride e tiametoxame foram solicitadas pela Comissão Europeia, que impôs restrições sobre a utilização destas substâncias em 2013, na sequência de avaliações realizadas pela EFSA.

A actualização das avaliações, que irá abordar o uso destas substâncias como tratamento de sementes e granulados, será finalizada em Janeiro de 2017. A análise vai levar em conta todos os novos dados de estudos, actividades de investigação ou de vigilância disponíveis desde as últimas avaliações da EFSA e, em particular, as informações apresentadas à Autoridade, após a solicitação de dados feita em 2015.

No ano passado, a EFSA confirmou que a clotianidina, a imidaclopride e a tiametoxame foram um risco para as abelhas, quando utilizados como pulverizações foliares.

Neonicotinóides
Os neonicotinóides são uma classe de insecticidas derivados da nicotina. A primeira vez que foi demonstrada a capacidade insecticida destes compostos foi em 1972, sendo a base deste estudo um derivado heterocíclico do nitrometileno. Este trabalho resultou na descoberta da nitiazina, composto que nunca foi comercializado como insecticida mas que serviu de composto líder para a síntese de todos os neonicotinóides.

O uso de alguns membros da família dos neonicotinóides foi proibida na União Europeia e outros países, após estudos evidenciarem correlações com o desaparecimento de colónias de abelhas. Em Janeiro de 2013, a EFSA (European Food Safety Authority) estabeleceu que neonicotinódes possuem um risco inaceitavelmente alto para as abelhas e que a indústria financiou agências regulatórias para que divulgassem apelos de segurança em prol de seus produtos.

Estudos de um grupo de Harvard (publicados na revista Bulletin of Insectology 67) ratificou tais relações entre os venenos insecticidas e o desaparecimento de colónias de abelhas no Inverno. Outro estudo de um grupo italiano (na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America em Outubro de 2013) já havia demonstrado que os neonicotinóides desregula o sistema imune das abelhas tornando-as susceptíveis a infecções de vírus contra os quais elas eram resistentes antes do contacto com os venenos.

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