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PCP alerta para dificuldades de escoamento de milho no Baixo Mondego e redução do preço pago aos produtores

O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) alerta para as dificuldades de escoamento do milho produzido na região do Baixo Mondego e da redução do preço pago aos produtores. E quer saber se a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes tem conhecimento desta situação.

Em perguntas entregues na Assembleia da República pelo deputado João Dias, dirigidas à ministra, os comunistas querem ainda saber que medidas vai o Governo adoptar para aumentar a capacidade de armazenamento de cereais produzidos em território nacional, designadamente do milho e que medidas vão ser tomadas para “garantir o pleno escoamento do milho produzido em Portugal, a preço justo para os agricultores, de modo a minimizar o desequilíbrio da balança comercial relativa ao milho e para que estes produtores não abandonem a sua actividade”.

Por último João Dias pergunta se o Governo tomar, ao abrigo do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), “medidas extraordinárias, nomeadamente no que respeita a ajudas à armazenagem privada, no caso do milho”.

Explica o deputado comunista que “apesar da produção nacional de milho ser bastante inferior às necessidades do País, os produtores de milho da região do Baixo Mondego alertam para a difícil situação que estão a atravessar por falta de escoamento do produto e pela brutal redução dos preços pagos aos produtores, que só no último ano reduziu 34%, com os custos de produção a continuarem a preços elevados, deixando os agricultores sem rendimentos dignos”.

Capacidade de silagem esgotada

E realça que a Adaco – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, em comunicado, “veio já alertar para a difícil situação destes produtores nacionais que já não têm local para descarregar a sua produção, uma vez que os silos das cooperativas agrícolas do Baixo Mondego já esgotaram a sua capacidade de silagem, sem conseguirem escoar o milho armazenado, fruto do elevado volume de importações”.

Por outro lado, João Dias refere que “de facto, os dados das importações de milho publicados pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] mostram que em entre Janeiro e Setembro de 2023 foram já importadas 1,498 toneladas de milho, valor este próximo das necessidades de consumo, o que deixa de fora uma importante quantidade da produção nacional, com a exportações a não chegarem às 140 mil toneladas de milho (entre Janeiro e Setembro de 2023).

“Quando se fala de sustentabilidade, da necessidade de se reduzirem emissões de CO2, onde o transporte de pessoas e bens assume particular relevância, em vez de se privilegiar soluções assentes em circuitos curtos de produção – consumo, no caso do milho, assegurando o escoamento da produção nacional, que é de si já deficiente —, assiste-se a uma opção assente na importação, a que se associam as emissões de CO2 pelo seu transporte, criando problemas acrescidos aos produtores”, frisa o deputado do PCP.

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