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Furtos de postos de transformação eléctrica causam prejuízo de mais de 1 M€ nas explorações agrícolas

A CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal revela que tem vindo a receber das suas associadas, ao longo dos últimos meses, sobretudo nas últimas semanas, “informações preocupantes sobre uma vaga de furtos de postos de transformação de electricidade em propriedades situadas especialmente nas regiões do Ribatejo e do Alentejo”. Prejuízos ascendem a mais de um milhão de euros. CAP exige que Estado reforce a vigilância no Mundo Rural.

“Os roubos têm como objectivo a retirada de cobre existente nestes equipamentos para posterior revenda. Este flagelo tem-se intensificado nas últimas semanas, embora só no último ano, de acordo com os registos reportados à CAP, se tenham verificado mais de uma centena de roubos. Feita a estimativa, neste período, os prejuízos ascendem a mais de um milhão de euros”, refere a Confederação em comunicado de imprensa.

Os postos de transformação, que servem os sistemas de rega das explorações agrícolas e que “são essenciais para o fornecimento de energia às habitações que se localizam nestas propriedades, ficam inutilizados, obrigando a que os custos de reparação tenham de ser totalmente suportados pelos agricultores, o que resulta em graves prejuízos para a sua actividade”, realça o mesmo comunicado.

E adianta que “devido à enorme frequência destes furtos, as companhias de seguros não aceitam segurar os postos de transformação, incorrendo os agricultores, por conseguinte, em caso de roubo, numa perda total do valor investido. De referir que, para além deste prejuízo, há ainda que ter em consideração as avultadas perdas que decorrem da impossibilidade de rega das culturas enquanto o equipamento não é substituído”.

Para a resolução deste problema, a CAP “exige uma acção empenhada e coordenada do Estado, que deve ter lugar a três níveis”, passando pelo aumento da vigilância e a presença das forças de segurança no Mundo Rural e o reforço da fiscalização junto de receptores e criando mecanismos que permitam rastrear a venda deste material roubado que alimenta o comércio paralelo e cujos proveitos alimentam outros negócios ilícitos.

Por outro lado, a CAP exige o agravamento da “moldura penal para estes crimes, eliminando a impunidade que existe actualmente”.

“Só uma acção concertada entre as autoridades e as organizações de agricultores poderá garantir a segurança do Mundo Rural, factor determinante para o desenvolvimento das actividades agrícolas e para a permanência das populações”, frisa o mesmo comunicado.

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