AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O desenvolvimento, em 24 Living Labs europeus, de uma estrutura de monitorização do solo que seja transparente, harmonizada, económica e que permita a avaliação em várias escalas e por utilizadores diferentes é o objectivo do Benchmarks, projecto em que participa o Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), agora financiado com 12 milhões de euros.
A iniciar em Janeiro de 2023, este projecto “pretende trabalhar dentro da missão europeia “Soil Health and Food” (alimentação e saúde do solo) que estabeleceu a meta de ter na Europa 75% dos solos saudáveis ou significativamente melhorados até à ao início da próxima década”, revela Luís Cunha, investigador responsável pelo projecto na Universidade de Coimbra.
“O Benchmarks foi também desenvolvido em linha com o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal) e a Estratégia do Prado ao Prato (Farm-to-Fork), bem como os preparativos para uma nova lei da União Europeia sobre a protecção da saúde do solo”, acrescenta Luís Cunha.
De acordo com aquele investigador, o projecto internacional em que participa envolve cerca de três dezenas de instituições europeias e tem ainda definidos outros objectivos, nomeadamente “uma estrutura harmonizada e económica para medir a saúde do solo, a revisão dos indicadores propostos de SH&F e Benchmarks testados nos 24 Estudos de Caso de Paisagem, uma ferramenta integrada de saúde do solo que demonstra as ligações entre indicadores, funções do solo e serviços ecossistémicos, e também uma base científica de esquemas de incentivo à saúde do solo para empresas da cadeia de valor”.
Com um período de execução de cinco anos, explica uma nota de imprensa da Universidade de Coimbra, o Benchmarks vai estabelecer indicadores que requerem uma metodologia multidisciplinar, desde o uso de métodos focados nas propriedades físico-químicas do solo passando também pela biologia e bioquímica. Por outro lado, o foco a várias escalas exige a inclusão de métodos desde a biologia molecular até métodos de detecção remota e sistemas de informação geográfica (SIG).
Este é um projecto Horizonte 2020 que envolve países como Portugal, Áustria, República Checa, Finlândia, França, Itália, Países Baixos, Noruega, Espanha, Suíça e Alemanha, “o que reflecte uma grande diversidade cultural e profundamente multidisciplinar”, conclui o investigador da FCTUC.
Para saber mais informações pode aceder à página do projecto aqui.
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