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Agro.Ges espera redução na procura de alimentos compostos para animais pela maior extensificação da pecuária

“Será de esperar uma redução na procura de alimentos compostos para animais, em consequência do decréscimo previsto da produção de carne de suínos e de bovinos e do efectivo leiteiro existente. Uma maior extensificação dos sistemas de produção pecuária e uma mais eficiente conversão dos alimentos animais faz prever uma quebra maior na procura de alimentos compostos para animais do que a quebra prevista para o conjunto da alimentação animal”.

Quem o diz é o fundador e coordenador científico da Agro.Ges, Francisco Avillez, na 19ª edição do Millennium Agro News, dedicada à fileira do pinheiro-bravo, no seu artigo dedicado às projecções sobre o relatório publicado pela Comissão Europeia, no final de 2023, o qual visa a apresentação das perspectivas de evolução de médio prazo dos mercados e rendimentos agrícolas até 2035, assim como de cenários alternativos de análise dos efeitos decorrentes das alterações climáticas ou da adopção de algumas práticas de gestão sustentável dos solos agrícolas.

Francisco Avillez acrescenta que “é de prever a continuação de uma redução do efectivo leiteiro e de um aumento da sua produtividade, mas a um ritmo menor do que no passado, donde resultará um pequeno decréscimo da produção de leite na União Europeia até 2035”.

“A procura futura de produtos lácteos na União Europeia irá ser caracterizada por um decréscimo do consumo de leite em natureza e em pó, compensado por um crescimento da procura de outros produtos lácteos de maior valor acrescentado, como sejam o queijo e o soro”, acrescenta o fundador e coordenador científico da Agro.Ges.

Decréscimo futuro da produção de carne de bovinos

Por outro lado, salienta que “preocupações relacionadas com a saúde humana e a sustentabilidade ambiental, associadas à reduzida rentabilidade dos respectivos sistemas de produção crescentemente pressionados por normas regulamentares relacionadas com o bem-estar animal e com o ambiente, fazem prever um decréscimo futuro da produção de carne de bovinos”.

“Os pagamentos ligados à produção, os ecorregimes e a manutenção de preços relativamente elevados tenderão a evitar que essa redução seja muito acentuada, mas não se prevê que sejam suficientes para alterar a tendência negativa em causa. O relatório prevê, no entanto, que as exportações de carne de bovinos tenderão a aumentar ligeiramente até 2035, mas que a exportação de animais vivos tenderá a diminuir gradualmente, em consequência de uma concorrência internacional crescente e da cada vez maior preocupação com o impacto negativo dos transportes de longas distâncias no bem-estar animal”.

Pode ler 19ª edição do Millennium Agro News aqui.

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