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Ministro do Mar debate papel do oceano na adaptação às alterações climáticas na COP26

A 26ª cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP26), no Dia de Acção do Oceano, foi foi palco do debate sobre a necessidade de adoptar medidas ambiciosas e urgentes para a saúde do oceano, tendo o ministro do Mar português, Ricardo Serrão Santos, realçado a importância do nexo oceano-clima, nas várias intervenções que fez na cimeira hoje, 5 de Novembro, em Glasgow, na Escócia.

“Portugal está empenhado no seu papel de liderança na procura de soluções cooperativas para promover um oceano saudável e produtivo, destacando o nexo oceano-climático. O nosso país está muito empenhado na implementação de todos os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, mas em particular o ODS 14, dedicado aos oceanos”, disse o ministro do Mar no painel dos “Blue Leaders”, no qual participaram governantes da Bélgica, Fiji, Espanha, Palau, Nigéria, Seychelles e Panamá, bem como a oceanógrafa e presidente da Mission Blue, Sylvia Earle, entre outras personalidades.

As alterações climáticas, tema central da COP26, representam grandes desafios para o oceano: aumento de ondas de calor marinhas, acidificação e mudanças nos padrões de funcionamento dos ecossistemas marinhos, com sérios impactos na riqueza e distribuição das espécies, o que tem também consequências sociais e económicas para os seres humanos, refere um comunicado à imprensa do Gabinete do Ministro do Mar.

Áreas Marinhas Protegidas e Adaptação Climática

Num painel sobre Áreas Marinhas Protegidas e Adaptação Climática, Ricardo Serrão Santos salientou a necessidade de proteger pelo menos 30% do oceano global até 2030. Este objectivo está inserido na Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 de Portugal e o governo está a preparar legislação para estabelecer uma rede coerente e resiliente de Áreas Marinhas Protegidas.

“Ao fim de quase dois anos de transformação causada pela pandemia de Covid-19, devemos mais do que nunca abordar eficazmente a questão da conservação e do uso sustentável do oceano. Não podemos desperdiçar esta oportunidade, tal como foi eloquentemente dito pelo “dinossauro” da campanha “Não Escolham a Extinção”, divulgada, por estes dias, pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento”, exortou o ministro do Mar.

Acrescenta o mesmo comunicado que o oceano proporciona-nos alimento, energia, rotas de comércio e outros valores económicos. Cobrindo mais de 70% da superfície da Terra, absorve parte das emissões de dióxido de carbono derivadas da actividade humana e mais de 90% do excesso de calor criado pelos gases com efeito de estufa. É, por isso, “crucial mobilizar meios financeiros e promover uma governação baseada no conhecimento científico”.

“A Década das Nações Unidas para a Ciência dos Oceanos, que vai deste ano até 2030, e os Processos Mundiais de Avaliação dos Oceanos, realinharam a ciência com os desafios da humanidade. Estamos conscientes de que a segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas faz parte desse processo abrangente e convido-vos a virem a Lisboa, na esperança de podermos cumprir, o mais rapidamente possível, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse o ministro Ricardo Serrão Santos, num painel sobre a conferência que os governos de Portugal e do Quénia co-organizarão, em Lisboa, de 27 de Junho a 1 de Julho de 2022.

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