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Míldio e gomose basal nos citrinos: veja o que fazer para minimizar os danos

Artigo de opinião de Rosa Moreira, Eng.ª Agrónoma, promotora do site A Cientista Agrícola

Artigo adaptado da Circular nº 17 de 2019, da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho.

Esta circular, bem como edições anteriores, pode também ser consultada e descarregada em:

1 – www.drapn.pt

Fitossanidade > Avisos Agrícolas > Entre Douro e Minho

2 –  http://snaa.dgav.pt/

estações de avisos > Estação de Avisos de Entre Douro e Minho.

MÍLDIO OU AGUADO
(Phytophthora hibernalisPhytophthora spp.)

As infecções desta doença dão-se às primeiras chuvas do outono.

míldio citrinos

míldio citrinos

Recomendam-se tratamentos, antes ou pelo menos no início das chuvas do outono, com carácter preventivo, à base de cobre (calda bordalesa) ou de fosetil-alumínio, atingindo e molhando muito bem as pernadas e o tronco das árvores até à zona do colo.

No Modo de Produção Biológico são autorizados fungicidas à base de cobre para a luta contra o míldio e a gomose basal dos citrinos.

GOMOSE BASAL OU GOMOSE PARASITÁRIA DOS CITRINOS (Phytophthora spp.)

  • As infecções dos fungos causadores desta doença ocorrem com as primeiras chuvas do outono.
    Nas árvores adultas, a doença localiza-se sobretudo no colo e na zona inferior do tronco, na parte superior das raízes principais e na parte inferior das pernadas, se estas forem baixas.
  • As árvores doentes apresentam feridas no colo e tronco com fendilhamento da casca, exsudação de goma castanha, amarelecimento e queda de folhas e frutos, frutos pequenos, ramos secos, progressivo enfraquecimento e morte.
  • O processo pode levar anos, conforme as condições de solo e clima e a resistência ou tolerância das plantas e dos porta-enxertos.
  • Como medidas preventivas nesta época do ano, recomenda-se:
    Afastar as águas superficiais de escorrimento e de rega do colo do tronco das árvores (não regar pelo pé, não abrir caldeiras e desfazer as que existam; abrir regos na entrelinha, fazendo a água de rega circular apenas por aí).
  • Manter uma boa drenagem do solo, pois os solos encharcados favorecem o desenvolvimento da doença.
  • Proceder à limpeza das ervas nos pomares, sobretudo junto do colo das árvores, reduzindo a concentração de humidade e facilitando o arejamento.
  • Cortar os ramos inferiores da copa – por ser nestes que a doença incide mais facilmente – pelo menos a 50 cm do chão. Assim, melhora-se também o arejamento do tronco.
  • Desinfectar as lesões, de poda ou acidentais, nos ramos e tronco.
  • As árvores muito enfraquecidas devem ser arrancadas e queimadas. Se mais de metade da copa estiver ainda sã, podem ser adoptadas algumas medidas paliativas para adiar a morte da árvore.

  • Fazer uma limpeza profunda das feridas, retirando todo o tecido morto, e de seguida aplicar um fungicida, por pulverização ou pincelagem e um isolante (tipo “isolcoat” ou cera de abelhas). Neste caso, deve ser feita simultaneamente uma poda ligeira.
  • Recomendam-se também tratamentos, antes ou pelo menos no início, das chuvas do outono, com carácter preventivo, à base de cobre (calda bordalesa) ou de fosetil-alumínio, atingindo bem as pernadas e o tronco das árvores até à zona do colo.
  • Podem também ser aplicados fungicidas à base de metalaxil-M, em gota-a-gota na zona do colo das árvores ou por injecção ao solo na área de projecção da copa das árvores.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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