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Foto: SPEA

Viveiro Florestal das Furnas cria 2.500 codornizes-dos-Açores em 2023 para fomentar a caça

O Viveiro Florestal das Furnas pretende produzir 2.500 codornizes-dos-Açores em 2023, no âmbito do “fomento das espécies cinegéticas e da afirmação internacional dos Açores pela sua cinegética local”.

“Entre 2002 e 2022 foram produzidas 42.816 codornizes-dos-Açores, com uma média anual de 2.140 aves. Para 2023, estabeleceu-se um o objectivo de produção de 2.500 aves, repartidas por 20 lotes”, destaca o secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, em nota de imprensa.

“Até ao momento, 1.591 das aves produzidas este ano foram já utilizadas em 198 reforços populacionais. Nas vésperas de eclosão do último lote do ano, o posto tem 953 aves em fase de criação, que seguirão para o campo nos próximos meses, pelo que se prevê o cumprimento da meta de produção estabelecida”, acrescenta António Ventura.

Produção teve início na década de 1980

A produção de codornizes no Posto Cinegético das Furnas teve início na década de 1980, para reforçar as populações açorianas de codorniz, tendo libertas codornizes-japónicas, C. japonica, em várias ilhas. Esta era a prática de então em toda a Europa, tendo sido interrompida durante a década seguinte, não sendo detectado material genético desta espécie no pool actual, adianta a mesma nota.

E realça que nas duas últimas décadas, aquele posto sofreu melhorias nas infra-estruturas e adaptação da produção, sendo actualmente um dos poucos postos cinegéticos no Mundo com produção de linhagem pura de codorniz, Coturnix coturnix.

Desde 2002, que o ‘stock’ reprodutor é exclusivamente constituído por codornizes-dos-Açores, C. c. conturbans, de primeira e segunda geração, obtidas a partir de aves selvagens, capturadas anualmente na Ilha de São Miguel, não existindo codornizes de quaisquer outras origens nas instalações.

“Por um lado, esta prática visa minimizar o impacto que a manutenção de gerações sucessivas em cativeiro pode surtir nas características das aves produzidas, e por outro, potenciar a renovação do pool genético mantido e produzido no posto, bem como garantir a não descaracterização da população de codorniz-dos-Açores desta ilha”, refere o governante.

A produção é utilizada em reforços populacionais, realizados na Ilha de São Miguel, pelo Serviço Florestal de Ponta Delgada e pelo Serviço Florestal de Nordeste, garantindo que “não há translocação de material genético de e para outras origens”.

Capacidade de sobrevivência

“A recuperação, durante a caça, até três anos após a sua libertação, tem demonstrado a capacidade de sobrevivência destas aves, e o radio-seguimento de algumas delas demonstrou ainda a capacidade de se reproduzirem poucas semanas após serem colocadas no terreno”, sublinha ainda António Ventura.

A Direcção Regional dos Recursos Florestais e o Serviço Florestal de Ponta Delgada operam dois postos cinegéticos na ilha de São Miguel, designadamente, o Posto Cinegético da Chã da Macela, localizado na Reserva Florestal de Recreio da Chã da Macela, e o Posto Cinegético das Furnas, localizado na Reserva Florestal de Recreio dos Viveiros das Furnas, preparados para a produção de perdizes e de codornizes, respectivamente.

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