A secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, marcou presença no almoço de Natal da ArtesanalPesca – Organização de Produtores de Pesca, sediada em Sesimbra, a convite da sua direcção.
“A ArtesanalPesca é uma das mais importantes Organizações de Produtores nacionais, com 400 pescadores e as suas embarcações e 60 trabalhadores na sua organização. A estratégia de verticalização das operações da ArtesanalPesca permitiu construiu uma estrutura para a aquisição, transformação e comercialização que beneficia amplamente o seus cooperantes e o consumidor final”, disse Tresa Coelho.
E salientou: “a comunidade piscatória de Sesimbra, fruto de muito trabalho, é hoje uma das mais fortes do nosso País”.
ArtesanalPesca
A ArtesanalPesca é uma cooperativa de produtores de pesca artesanal de Sesimbra, criada em 1986, com o objectivo de valorizar os produtos do mar capturados pelos pescadores sesimbrenses. Actualmente, conta com mais de 60 funcionários em postos de trabalho directos, e congrega cerca de 400 pescadores em embarcações associadas, sendo que este número aumenta consideravelmente quando consideradas famílias dos mesmos e actividades adjacentes. “Numa vila como Sesimbra, estes números têm um peso determinante no desenvolvimento da economia local”, garante a organização da cooperativa.
Os associados da ArtesanalPesca dedicam-se exclusivamente à pesca artesanal. A pesca ao peixe-espada preto é exercida com o palangre de profundidade, e é dirigida especificamente a esta espécie. “Esta é uma arte de pesca passiva, sendo considerada uma das mais selectivas, e logo com menor impacto no meio ambiente, ao contrário de outras menos selectivas e mais nocivas para o ecossistema marinho. O uso da sardinha ou cavala inteira como isco, garante que praticamente não se capturam peixes juvenis”, acrescenta.
A ArtesanalPesca é reconhecida pelo peixe-espada preto, mas também tem associados que usam outras artes de pesca artesanal. Assumem maior relevo os que se dirigem a espécies como a sardinha, carapau, cavala ou o polvo.
No caso do pequenos pelágicos (sardinha, carapau e cavala) são utilizadas redes de cerco, e as embarcações são normalmente denominadas de “cercadoras” ou traineiras.
A pesca do polvo é feita com as artes de armadilhas (covos) e dos alcatruzes, que são “artes passivas e muito pouco agressivas”.
“O nosso objectivo é alargar a nossa estratégia de comercialização a outras espécies e a outras artes de pesca artesanais portuguesas, valorizando os produtos do mar, dignificando os pescadores artesanais e garantindo a sustentabilidade dos recursos”, frisa a organização da ArtesanalPesca.
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