Está-se a aproximar o dia 24 de Setembro, o dia de mais umas eleições legislativas na Região Autónoma da Madeira. A campanha está nas ruas e o Partido Socialista da Madeira (PS Madeira) já apresentou o seu programa eleitoral. Se ganhar, promete “rever normas e regulamentos de segurança alimentar que actualmente prejudicam a agricultura em pequena escala ou familiar”. Normas estas que são reguladas, em última instância, pelo Estado português e a União Europeia.
Ainda na área agrícola, o PSD Madeira compromete-se a “incentivar a diminuição do uso de pesticidas de síntese química e a adopção de alternativas mais sustentáveis e menos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente na protecção das culturas”.
Por outro lado, os socialistas madeirenses, liderados por Sérgio Gonçalves, prometem apoiar a internacionalização das empresas regionais através do reforço do “apoio a missões empresariais ao exterior para diversificar parcerias comerciais e potenciar a presença em novos mercados”, assim como “desenvolver uma política de cooperação com os arquipélagos das Canárias e de Cabo Verde, criando parcerias estratégicas em sectores como transporte, turismo, pesca transformada, produção de rum, banana e vinhos”.
Outra das propostas do PS Madeira passa por “apoiar empresas no custo de transporte de mercadorias, tanto na importação de matérias-primas como na exportação de produtos regionais, visando aumentar a competitividade e facilitar a internacionalização”, e “promover a diversificação da economia regional, explorando sectores para além do turismo, como a tecnologia, as energias renováveis, a agricultura sustentável e a industria criativa. Isto contribuirá para reduzir dependência de um único sector e criar novas oportunidades de emprego em áreas emergentes”.
Floresta
Já na área da floresta, dizem os socialistas madeirenses que “a inobservância de uma política florestal orientada para a preservação, fortemente reguladora da actividade produtiva, traduziu-se na total incapacidade de proteger um dos recursos naturais mais preciosos e vitais da madeira: a Floresta Laurissilva”.
A floresta da Região Autónoma da Madeira “encontra-se crescentemente fragilizada, sem uma estratégia que fomente uma gestão sustentável e adaptada às novas realidades”, diz o PS Madeira. Por isso, pretende “promover a produção de madeiras nobres tradicional utilizadas na Região, garantindo uma certificação de sustentabilidade”.
E quer ainda “valorizar os serviços fornecidos pelas florestas, como o controle térmico local, retenção de água, abrigo para auxiliares agrícolas, disponibilidade de forragem, controle da erosão, conservação da paisagem, biodiversidade, conservação do solo e sequestro de carbono”.
Conceber incentivos aos proprietários das áreas florestais que “mantenham a floresta em bom estado de conservação e resiliente a incêndios” e “promover o uso múltiplo da floresta, incentivando a agrofloresta, florestas comestíveis, silvopastorícia, apicultura , produção de cogumelos e frutos secos, bem como outros produtos não lenhosos, como a baga de louro”, são outras das propostas dos socialistas madeirenses.
Pode ler o programa eleitoral do PS Madeira aqui.
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