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Produtividade do arroz nas 5,4 toneladas por hectare, inferior à média do último quinquénio

As sementeiras mais tardias de arroz realizaram-se no início de Julho, tendo decorrido sem problemas, refere os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas previsões a 31 de Julho. Os técnicos do INE prevêem um rendimento unitário de 5,4 toneladas por hectare, 4% abaixo da média do último quinquénio mas 5% acima do alcançado em 2020 (ano que, recorde-se, registou a segunda mais baixa produtividade das últimas três décadas).

A área instalada foi 10% superior à registada na última campanha, com a retoma da exploração dos 3 mil hectares de canteiros que não tinham sido cultivados em 2020 devido às obras de requalificação no aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado.

Após uma germinação lenta, em resultado das baixas temperaturas nocturnas, as searas recuperaram o desenvolvimento vegetativo normal, apresentando povoamentos homogéneos e estando, a maioria, entre as fases encanamento e emborrachamento, acrescenta o Instituto Nacional de Estatística.

E realça que a presença já habitual de milhãs (Echinochloa spp.), infestante de difícil controlo e concorrente com o arroz pelos nutrientes e radiação solar, assim como as temperaturas pouco elevadas são, nesta fase do ciclo, as principais preocupações dos produtores.

Aumento do preço do milho para grão sem impacto imediato na área semeada

Por outro lado, refere ainda o INE que as sementeiras do milho para grão, em regime de regadio, terminaram durante a primeira quinzena de Junho e decorreram sem incidentes. As do milho para grão em regime de sequeiro, essencialmente praticadas no litoral Norte e Centro em zonas mais frescas, concluíram-se mais cedo, por forma a aproveitar os elevados teores de humidade do solo.

Globalmente, e apesar da tendência altista de preços que esta commodity agrícola apresentou nos primeiros cinco meses de 20216, as previsões apontam para a manutenção da área instalada, face à campanha anterior (73 mil hectares).

De referir que, historicamente, a resposta dos produtores de milho às variações do preço desta cultura (designadamente a decisão de ajustar a área semeada) surge com um desfasamento temporal de uma campanha, o que terá contribuído para que a superfície se mantivesse inalterada.

Também o aumento da área plantada de tomate para a indústria, cultura que em algumas regiões (Lezíria do Tejo) concorre com o milho na definição da ocupação cultural das parcelas num determinado ano agrícola, explicará parte desta situação.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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