O navio patrulha Mondego atracou esta manhã, de 23 de Março, no Porto Santo para dar início a mais uma missão na Zona Marítima da Madeira, com o objectivo de guarnecer o seu Dispositivo Naval Padrão até ao dia 11 de Junho.
Comandado pelo primeiro-tenente Lopes Monteiro e a navegar com uma guarnição de 27 militares, o navio irá realizar “acções de patrulha e vigilância e garantir a segurança dos espaços sob jurisdição do Comando de Zona Marítima da Madeira”, explica um comunicado da Marinha Portuguesa.
Adianta o mesmo comunicado que aquele Navio da República Portuguesa (NRP) terá, ainda, como função “garantir a rendição dos vigilantes do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) e da Polícia Marítima nas ilhas Desertas e Selvagens”.
O NRP Mondego substitui, assim, o NRP Douro que largou esta segunda-feira para a Base Naval de Lisboa. E irá permanecer no Porto Santo até ao dia 25 de Março, quando iniciará o trânsito com destino ao porto do Funchal.
NRP Mondego
O NRP Mondego é o terceiro navio da classe Tejo e foi aumentado ao efectivo dos navios da Marinha Portuguesa em 5 de Maio de 2016. Integra um conjunto de cinco navios adquiridos à Marinha Real Dinamarquesa substituindo os navios de patrulha costeira da classe Cacine, que operam há mais de 45 anos ao serviço de Portugal.
O NRP Mondego, (ex-Glenten – P550) esteve ao serviço da Marinha Real Dinamarquesa entre Fevereiro de 1992 e Outubro de 2010, tendo sido posteriormente vendido a Portugal em Outubro de 2014 e rebaptizado com o nome de NRP Mondego (P592).
Após um período de reconfiguração e modernização com recurso à indústria nacional, nos estaleiros navais do Arsenal do Alfeite, o NRP Mondego integrou o dispositivo naval do Sistema de Forças e encontra-se apto para desempenhar um vasto leque de missões e tarefas.
Este tipo de navios, de patrulha costeira (NPC), têm como missão principal a de busca e salvamento marítimo e fiscalização marítima, com incidência na faixa costeira continental e do arquipélago da Madeira.
Para além destas missões, o navio presta apoio a diversas entidades onde se inclui a Autoridade Marítima Nacional (AMN), bem como está apto a prestar apoio à população civil em situações de catástrofe, em articulação com as autoridades de protecção civil.
Pode ainda integrar estruturas internacionais, como a agência europeia FRONTEX de controlo da fronteira externa da União Europeia.
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