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Governo dos Açores garante que “trabalha de forma proactiva” para desenvolvimento do sector leiteiro

A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas dos Açores informou hoje, 8 de Março, que tem vindo a implementar um conjunto de medidas estratégicas, direccionadas tanto à produção de leite, como à indústria, com o propósito de reduzir custos de produção, aumentar a competitividade e contribuir para a sustentabilidade e para o desenvolvimento do sector leiteiro.

“Medidas associadas à origem e à Marca Açores são claramente estratégias de valorização, a par da inovação e da criação de novos produtos que vão ao encontro das necessidades dos mercados e das apetências dos consumidores, gerando, por esta via, mais rendimento e incitando à melhoria do preço do leite pago à produção”, refere a tutela na resposta a um requerimento social-democrata sobre a intervenção do Governo dos Açores no sector leiteiro na ilha Terceira.

Reconhecimento da qualidade da manteiga dos Açores

A Secretaria Regional adiantou que está em curso com as indústrias, no âmbito do Centro Açoriano de Leite e Lacticínios (CALL), um procedimento com vista ao reconhecimento da qualidade da manteiga dos Açores, através da atribuição de uma IGP, será concluído o Plano Estratégico dos Lacticínios dos Açores, que ajudará a reforçar a promoção e a comercialização dos produtos lácteos, intensificando a exportação, e o CALL levará a cabo acções de promoção no Canadá, bem como concluirá um estudo comparativo do leite dos Açores com outros, de outras origens.

PROAMAF+ para modernização da agricultura e florestas

Serão também lançados, entre outros, um novo programa de apoio à modernização da agricultura e florestas, o PROAMAF+, que co-financiará projectos de investimento até 10 mil euros, o programa Jovem Agricultor, que permitirá um acesso mais fácil dos jovens ao sector agrícola, o Programa de Apoio à Formação de Jovens Agricultores – FORJAGRI e o programa i9AGRI, que co-financiará a introdução de práticas inovadoras nas explorações agrícolas, explica um comunicado do Governo Regional.

Este ano, por exemplo, acrescenta o mesmo comunicado, o investimento em caminhos agrícolas, abastecimento de água e fornecimento de energia eléctrica às explorações cresceu 9%, além da manutenção da formação e do apoio técnico aos produtores, no âmbito das boas práticas culturais e de maneio, do controlo sanitário, da qualidade e da gestão financeira, medidas que têm um impacto real na redução dos custos de produção e aumento da competitividade das explorações.

Aproximação aos produtores

Por outro lado, o Governo Regional dos Açores salienta que, na actual legislatura, a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas “tem mantido várias reuniões com organizações de produtores, cooperativas e indústrias de lacticínios que operam nos Açores para, de forma permanente e contínua, ter a melhor percepção e avaliar as potencialidades, necessidades e desafios ao desenvolvimento do sector em cada uma das ilhas”.

Além da Unicol e da Pronicol, o secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, já reuniu com a direcção da Lactogal, principal accionista da Pronicol, tendo “manifestado a apreensão de todo o sector relativamente à necessidade do cumprimento dos limites de produção”.

Limites de produção

Explica ainda a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas que a limitação de produção imposta está associada a uma referência histórica de 2015, que “nada tem a ver com a actual realidade dos diversos produtores, considerando que os negócios e investimentos no sector continuam a decorrer de forma visível, o que reforça a necessidade da suspensão desses limites ou, no mínimo, da sua actualização”.

João Ponte alertou igualmente a Lactogal para a importância da Pronicol tirar mais partido da mais-valia da origem açoriana dos seus produtos, uma estratégia que começa a dar frutos, por exemplo, com a produção do Queijo Milhafre, recentemente galardoado e já comercializado em todo o País, ou a produção e comercialização de leite biológico dos Açores, que se estima possa ocorrer a curto prazo.

Competir+

No âmbito do Competir+, no que se refere à Medida ‘Acesso aos Mercados’, que comparticipa as despesas inerentes ao encaminhamento dos produtos para o exterior, tomando como referência o período entre 2016 e 2020, adiantou o Governo Regional que foram aprovados 3,5 milhões de euros de apoio financeiro para o sector exportador de empresas da ilha Terceira, dos quais mais de 65% estão relacionados com as exportações do sector leiteiro.

Na Medida ‘Fomento da Base Económica de Exportação’, foi aprovado um projecto relacionado com os produtos lácteos da ilha Terceira, com um montante total de investimento superior a 519 mil euros e uma comparticipação de cerca de 289 mil euros.

O Executivo Regional destaca também a importância dos investimentos ao abrigo dos Programas de Desenvolvimento Rural para o aumento da competitividade das indústrias de lacticínios, sendo que, no caso concreto da ilha Terceira, estes investimentos “permitiram, desde 2007, aumentar o volume de leite transformado em 23,2 % e aumentar o volume de negócios da principal indústria de lacticínios da ilha em 24,5%, passando de 50,7 milhões para 63,2 milhões de euros”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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