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DGAV publica 18ª actualização das zonas demarcadas para Epitrix

A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária publicou online 18ª actualização das zonas demarcadas para Epitrix da batateira. Objectivo: travar a introdução e a propagação na União Europeia de Epitrix cucumeris, E. papa. E. subcrinita e E. tuberis, detectada em Portugal

Segundo o Despacho n.º 14/G/2024, de 5 de Fevereiro, da DGAV, atendendo aos resultados mais recentes de 2024, verificou-se a presença de Epitrix na freguesia de Odeceixe (Aljezur), pelo que torna-se necessário proceder à actualização da actual zona demarcada.

Assim, em consequência desta nova demarcação obrigatória, a DGAV reitera os requisitos que se colocam à circulação de batata aí produzida com destino a áreas isentas, em Portugal ou em outros Estados-membros da União Europeia.

Assim, adianta o mesmo Despacho, é obrigatória a aplicação das medidas de protecção fitossanitária preconizadas na Decisão de Execução da Comissão 2012/270/EU e alterações, nomeadamente:

  • Limpeza dos tubérculos (por lavagem ou escovagem) de forma a garantir uma percentagem de terra aderente inferior a 0,1%, oficialmente constatada, nas expedições para zonas isentas;
  • Atestar o cumprimento destas exigências fazendo acompanhar as remessas de um Passaporte Fitossanitário.

Para efeitos de supervisão oficial e garantia do cumprimento destes requisitos, as entidades responsáveis pela expedição de batata devem junto dos serviços regionais da DGAV:

  • Solicitar, caso ainda não o possuam, o respectivo registo de operador económico (através da plataforma online CERTIGES acessível em https://certinet.dgav.pt/certiges);
  • Registar os campos de batata destinados à expedição para fora da Zona demarcada.

Por outro lado, qualquer veículo utilizado para o transporte dos tubérculos de batata de uma zona demarcada tem de ser descontaminado e limpo de modo adequado antes de sair da zona demarcada. Também as máquinas utilizadas no manuseamento dos tubérculos de batata, limpeza e acondicionamento, devem ser descontaminados e limpos de maneira adequada após cada utilização.

Nos campos de produção de batata na zona demarcada devem ser:

  • Aplicados produtos fitofarmacêuticos homologados, aos primeiros sinais da praga;
  • Destruídos os restos de cultura com eliminação das zorras e infestantes (potenciais abrigos de hibernação);
  • Eliminadas as infestantes hospedeiras na vizinhança da cultura, após tratamento;
  • Feita rotação com culturas não solanáceas.

Pode ler o Despacho n.º 14/G/2024, de 5 de Fevereiro aqui.

Epitrix

O Epitrix similaris é um pequeno coleóptero crisomelídeo pertencente à família das álticas ou “pulguinhas”, cujas larvas causam estragos nos tubérculos contribuindo para a desvalorização comercial da batata.

É uma espécie exótica de origem norte-americana tendo sido identificada pela primeira vez em Portugal em 2008. Outra espécie também identificada foi Epitrix cucumeris a qual apresenta uma morfologia e biologia muito semelhante à espécie anteriormente referida, mas cujos estragos nos tubérculos não são conhecidos.

Esta praga, dado o seu ciclo biológico, pode ser disseminada essencialmente através de terra aderente aos tubérculos, pelo que as medidas estabelecidas na decisão para expedição para fora de zonas demarcadas, isto é, para zonas livres do insecto, incidem particularmente na exigência de lavagem, escovagem ou método equivalente que conduza à remoção de terra, cuja tolerância é de 0,1%.

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