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DGAV garante que circuito nacional não recebeu ovos contaminados com fipronil

A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de divulgar um comunicado onde garante que os ovos contaminados com fipronil estão “fora do circuito comercial nacional”. E esclarece que aquele insecticida é para desinfecção de cães e gatos e não está autorizado para utilização em explorações pecuárias.

Relativamente à detecção da utilização de um insecticida (fipronil) em explorações avícolas na Holanda, a DGAV esclarece que o “fipronil é um insecticida de utilização comum, autorizado para a desinfestação de animais de companhia (cães e gatos)” e que a “utilização do fipronil está vedada à utilização em explorações pecuárias”.

Segundo aquela Direcção Veterinária, em Portugal “não foram detectados quaisquer indícios de utilização indevida de fipronil” e os ovos contaminados na Holanda “não entraram no circuito comercial de Portugal”.

Relembre-se que, no passado dia 20 de Julho de 2017, a Autoridade Belga de Segurança dos Alimentos (FASFC) emitiu uma informação no RASFF (Rede de Alerta Rápido para Alimentos e Alimentos para Animais), motivada pela detecção de uma contaminação de ovos frescos com fipronil, um insecticida apenas autorizado para animais de companhia.

Contaminação acidental

“Na sequência dessa primeira detecção, foram efectuadas inspecções a aviários e análises aos medicamentos e desinfectantes, tendo-se verificado que um biocida (DEGA 16) estava contaminado acidentalmente com fipronil. Os aplicadores do agente biocida prestavam assistência em aviários, nomeadamente na Holanda”, informa a DGAV.

No final do mês de Julho, as autoridades holandesas confirmaram a detecção de elevadas concentrações de fipronil em ovos. Através de um sistema de rastreabilidade, identificaram 180 explorações de galinhas poedeiras, reprodutoras e de frangos, nas quais o biocida tinha sido usado e determinaram imediatamente o respectivo sequestro (bloqueio comercial).

A 3 de Agosto a Autoridade de Segurança dos Alimentos Holandesa (NVWA) publicou a lista dos lotes que deveriam ser de imediato retirados do mercado, pertencentes a 137 aviários de galinhas poedeiras. Essa “notificação de alerta” deu origem a um procedimento de rastreabilidade (a montante e a jusante) que inclui todos os mercados de destino dos ovos que já se encontravam no circuito comercial.

Até ao momento foram publicados 79 relatórios de acções de seguimento de recolha e destruição em diversos países: Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, França, Suécia, Polónia, Reino Unido, Dinamarca, Suíça, Luxemburgo e Hong Kong.

Diz ainda a DGAV que estes ovos “são todos de casca branca, um tipo de ovo que não é consumido em Portugal” e adianta que os “sistemas de controlo oficial implementados em Portugal são aplicados diariamente, sendo os aviários nacionais alvo de diversas acções no âmbito de dos planos de vigilância em vigor. Nunca foi detectado o uso do biocida envolvido nesta crise”.

“O controlo nacional é robusto, devido aos sistemas de produção integrada usados, tendo granjeado prestígio internacional, razão pela qual, Portugal exporta actualmente ovos para consumo, ovos de incubação e ovoprodutos para diversos destinos internacionais (cerca de 40% da produção nacional)”, realça aquela Direcção.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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