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DGAV alarga Zonas Demarcadas para Epitrix a Alcoutim, Castro Marim, Faro, Olhão e São Brás de Alportel

A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária actualizou as Zonas Demarcadas para Epitrix da batateira a todo o território dos concelhos de Alcoutim, Castro Marim, Faro, Olhão e São Brás de Alportel.

“Atendendo aos resultados mais recentes de 2022, verificou-se a presença de Epitrix nas freguesias de Vaqueiros (Alcoutim), Azinhal e Odeleite (Castro Marim), Sé e São Pedro (Faro), Pechão (Olhão), S. Brás de Alportel (S. Brás de Alportel) na região do Algarve”, pelo que “torna-se necessário proceder à actualização da actual zona demarcada”, refere o Despacho n.º 59/G/2022, de 23 de Agosto, da DGAV.

Em consequência desta nova demarcação obrigatória, aquela Direcção alerta para os requisitos que se colocam à circulação de batata produzida nas zonas demarcadas com destino a áreas isentas, em Portugal ou em outros Estados-membros da União Europeia.

Assim, é obrigatória a aplicação das medidas de protecção fitossanitária, nomeadamente:

  • Limpeza dos tubérculos (por lavagem ou escovagem) de forma a garantir uma percentagem de terra aderente inferior a 0,1%, oficialmente constatada, nas expedições para zonas isentas;
  • Atestar o cumprimento destas exigências fazendo acompanhar as remessas de um Passaporte Fitossanitário. Para efeitos de supervisão oficial e garantia do cumprimento dos requisitos mencionados, as entidades responsáveis pela expedição de batata devem junto da DRAP respectiva:
    – Solicitar, caso não o possuam já, o respectivo registo de operador económico (através da plataforma online CERTIGES acessível aqui;
    – Registar os campos de batata destinados à expedição para fora da Zona demarcada.

Realça ainda o Despacho n.º 59/G/2022 que qualquer veículo utilizado para o transporte dos tubérculos de batata de uma zona demarcada tem de ser descontaminado e limpo de modo adequado antes de sair da zona demarcada. Também as máquinas utilizadas no manuseamento dos tubérculos de batata, limpeza e acondicionamento, devem ser descontaminados e limpos de maneira adequada após cada utilização.

Por outro lado, nos campos de produção de batata na zona demarcada devem ser:

  • Aplicados produtos fitofarmacêuticos homologados, aos primeiros sinais da praga;
  • Destruídos os restos de cultura com eliminação das zorras e infestantes (potenciais abrigos de hibernação);
  • Eliminadas as infestantes hospedeiras na vizinhança da cultura, após tratamento;
  • Realizadas rotações com culturas não solanáceas.

Epitrix

O Epitrix similaris é um pequeno coleóptero crisomelídeo pertencente à família das álticas ou “pulguinhas”, cujas larvas causam estragos nos tubérculos contribuindo para a desvalorização comercial da batata.

É uma espécie exótica de origem norte-americana tendo sido identificada pela primeira vez em Portugal em 2008. Outra espécie também identificada foi Epitrix cucumeris a qual apresenta uma morfologia e biologia muito semelhante à espécie anteriormente referida, mas cujos estragos nos tubérculos não são conhecidos.

Esta praga, dado o seu ciclo biológico, pode ser disseminada essencialmente através de terra aderente aos tubérculos, pelo que as medidas estabelecidas na decisão para expedição para fora de zonas demarcadas, isto é, para zonas livres do insecto, incidem particularmente na exigência de lavagem, escovagem ou método equivalente que conduza à remoção de terra, cuja tolerância é de 0,1%.

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