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Sindicato Nacional da Protecção Civil pede aposta na profissionalização dos bombeiros

O SNCP — Sindicato Nacional da Protecção Civil defende, “ser urgência nacional, que o Governo e os restantes partidos políticos apostem na valorização dos bombeiros, dotando-os de Estatuto Profissional e aumentos salariais dignos, sem esquecer o aumento dos apoios às associações humanitárias”.

O sindicato identifica ainda que há falta de formação e de viaturas de combate a incêndios (VFCI) que “devem ser encaminhadas para os CB [corpos de bombeiros] que vivem no centro da floresta e têm que deixar homens e mulheres no quartel por falta de viaturas”.

Em comunicado, o sindicato explica que esteve com as Corporações de Bombeiros de Famalicão da Serra, Manteigas e Seia no passado dia 25 de Agosto. Esta acção de contacto “com estes bombeiros, serviu para que pudéssemos ouvir as suas dificuldades depois dos grandes incêndios do Parque Natural da Serra da Estrela, que dizimou milhares de hectares de floresta e revelou a carência de meios materiais e humanos”.

Em Famalicão da Serra “encontrámos uma povoação rodeada de terra queimada e uma população que reconhece e louva o esforço dos bombeiros da terra, mesmo que no dia do incêndio esta corporação só tivesse ao seu dispor três viaturas florestais de combate a incêndio (VFCI), os que não foram nos VFCI foram nas carrinhas da Junta de Freguesia de Famalicão da Serra”.

O SNPC tomou conhecimento que estava previsto a entrega de 9 viaturas para os bombeiros do Concelho da Guarda por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, “mas nunca chegaram”.

Os problemas repetem-se em todas as corporações que o sindicato visitou, “falta de veículos, escassez de voluntários, apelos à implementação do Estatuto Profissional e do Estatuto do Bombeiro Voluntário, mais apoios para as Associações Humanitárias, mais apoios locais para o voluntariado, aumento da percentagem paga pela ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil] em caso de acidente das viaturas, reforçar a assistência, em caso de acidente, aos bombeiros e implementar a profissão de desgaste rápido”.

Segundo o mesmo comunicado, em todas as corporações de bombeiros “foi unânime o apelo à profissionalização dos Bombeiros valorizando assim o seu trabalho na defesa das populações e neste sentido vamos solicitar várias reuniões aos Municípios da Guarda, Manteigas e Seia, uma vez que esta questão, sendo nacional e também local”.

Necessidade de formação e de VFCI

Além das preocupações apontadas, outras houve que mereceram a especial atenção do SNCP, nomeadamente a necessidade de formação em determinadas áreas e ferramentas de trabalho adequadas ao exercício das funções que desempenham.

“Os equipamentos de combate a incêndios devem ser distribuídos a quem deles precisa e não a quem mais reclama. Por isso, as viaturas de combate a incêndios (VFCI) devem ser encaminhadas para os CB [corpos de bombeiros] que vivem no centro da floresta e tem que deixar homens e mulheres no quartel por falta de viaturas, independentemente do levantamento das necessidades de todas as outras corporações de bombeiros”, realça o mesmo comunicado.

O Sindicato Nacional da Protecção Civil garante que levará estas preocupações aos Grupos Parlamentares, Governo e Camaras Municipais, no sentido de os sensibilizar para esta realidade.

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