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CAP alerta UE para a “urgência de Portugal proceder à reprogramação do PEPAC”

A CAP — Confederação de Agricultores de Portugal alerta para “a urgência de Portugal proceder a uma reprogramação urgente do PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum]”, um dos motivos que leva a que uma comitiva liderada pelo seu presidente, Álvaro Mendonça e Moura, se desloque à capital das instituições comunitárias, nos próximos dias 14 a 16 de Fevereiro, para uma intensa ronda de contactos institucionais, que inclui uma audiência com o Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski.

A ronda de contactos institucionais conta ainda com um périplo de encontros formais com eurodeputados portugueses e de outras nacionalidades, assim como uma reunião de trabalho na REPER — Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia, avança uma nota de imprensa da CAP.

Nesses encontros, a CAP “defenderá a tão necessária simplificação da PAC [Política Agrícola Comum] e a harmonização do cumprimento das regras ambientais entre produtos alimentares europeus e terceiros. Junto destes interlocutores, a Confederação aproveitará ainda para dar a conhecer o conjunto vasto de temas que preocupam os agricultores portugueses, nomeadamente a deplorável taxa de execução das verbas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], o péssimo PEPAC, a gritante falta de medidas de apoio à produção, aliados a um propositado desmantelamento do Ministério da Agricultura, à perda de competências e à falta de uma visão minimamente estruturada para a Agricultura, para a Floresta e para o Mundo Rural”.

Conselho de Presidentes reunido com carácter de urgência

A decisão  da CAP avançar para uma intensa ronda de contactos institucionais na União Europeia saiu da reunião, com “carácter de urgência”, esta quarta-feira, 31 de Janeiro, do Conselho de Presidentes, o seu órgão consultivo máximo, que agrega presidentes das organizações de agricultores de todo o País, com o objectivo de debater a “grave crise que afecta o sector agroflorestal e o vasto conjunto de problemas e dificuldades que se vêm acumulando há anos – cujo último desfecho aconteceu, na semana passada, com a comunicação aos agricultores de inesperados cortes nas verbas que foram apresentadas nas candidaturas no âmbito das medidas agroambientais”.

Na reunião do Conselho de Presidentes da CAP, representantes de muitas dezenas de associações nacionais da agricultura e da floresta “fizeram ouvir a sua voz para dar conta da situação de enorme gravidade que os seus associados enfrentam, de Norte a Sul do País, resultado da absoluta incompetência e inércia da tutela, cuja incapacidade política e de acção se traduz numa impressionante falta de visão para o desenvolvimento da agricultura nacional”, adianta a mesma nota.

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