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Anpromis diz que Grupo de Trabalho dos Cereais é “um sinal de alento”

A Anpromis – Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo considera a criação do Grupo de Trabalho dos Cereais “um sinal de alento”. A frase é do director da Associação, Luís Bulhão Martins, que acrescenta ser a medida “boas notícias para os produtores de milho”.

No boletim de informação, referente ao mês de Julho, da Anpromis, que integra aquele Grupo de Trabalho, Luís Bulhão Martins salienta que no documento que cria aquele Grupo afirma-se “o interesse nacional na produção de cereais, a preocupação com o nível muito baixo de auto-aprovisionamento e com o abandono da cultura em extensas áreas, esperando-se do trabalho do grupo medidas adequadas que visem inverter estas tendências”.

O director da Anpromis refere que as preocupações vão de encontro às da Associação salientando que “perdemos nos últimos 5 anos 20% da área cultivada de milho, em termos globais, e o preço do milho grão vem baixando e está hoje 30% abaixo dos valores verificados em 2012. Os ganhos de produtividade, que são reais não têm sido, no entanto, suficientes para suavizar as perdas de rendimento na produção, tanto mais que os custos de contexto, nomeadamente energia, continuam caros e desajustados ao que a produção agrícola pode pagar”.

Produtores maltratados na PAC

Por outro lado, Luís Bulhão Martins considera que os produtores de milho “não se saíram bem da última reforma da PAC, tendo mesmo, dentro dos maltratados, sido os únicos que não beneficiaram de medidas correctivas da baixa de rendimento que a descida dos apoios no 1º Pilar vai acarretar até 2019”.

Diz aquele responsável que a instabilidade dos mercados, a globalização crescente, a descida dos fretes marítimos e os acordos comerciais da UE com países terceiros, com enquadramento produtivo mais favorável ao milho, têm contribuído para a baixa de preços e para um clima de incerteza com impactos negativos no nosso País.

“A produção deslocalizou-se na Europa, as origens Mar Negro são cada vez mais competitivas, os indicadores de tendência de França deixaram de ser a referência e o mercado é cada vez mais global e sofisticado, mas difícil, nas variantes que possibilita”, explica Luís Bulhão Martins.

Pegada ambiental

“A maior qualidade que se reconhece à produção nacional e a tomada em linha de conta da sua pegada ambiental vão seguramente, num futuro próximo, ser argumentos comerciais de peso, mas contam ainda pouco na formação de preço e nos proveitos”, frisa aquele responsável.

Neste panorama, “temos ainda a agravar o ano de 2017 muito seco e com níveis baixos nas reservas de água, o que veio encarecer e dificultar a cultura em grande número de regadios privados, e a perda de proveitos que se vai registar pelo estabelecimento do pagamento redistributivo da PAC. Mais uma vez se lesa o rendimento de muitos produtores de milho, sem estar nada previsto nem acautelado com a produção”, diz Luís Bulhão Martins.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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