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Ameixa d’Elvas da Confibor ganha Ouro no Concurso Nacional de Doces de Fruta

A Ameixa d’Elvas em calda, produzida pela empresa Confibor – Transformação Agro-Alimentar, de Estremoz, foi considerada a “Melhor dos Melhores” e arrebatou a Medalha de Ouro, no 6º Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses. O prémio será entregue na Tecfresh’17, em Santarém, a 18 de Novembro.

Relembramos que os leitores da Agricultura e Mar Actual têm entrada grátis na Tecfresh’17 (aqui)

O concurso decorreu, no passado dia 30 de Outubro, no CNEMA — Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, em parceria com a Qualifica/oriGin Portugal, com o objectivo de premiar, promover, valorizar e divulgar os genuínos doces e frutas tradicionais Portugueses e os doces de fruta de base tradicional.

A Tecfresh’17 – Feira Tecnológica para Frutas e Hortícolas, evento que se realiza no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, de 16 a 18 de Novembro, vai ser palco no dia 18 da cerimónia de entrega de prémios dos Concursos Nacionais, como o 6º Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses, o 2º Concurso Nacional de Aguardentes não Vínicas Tradicionais Portuguesas e o 6º Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses.

“O Município de Estremoz felicita a Confibor pela distinção que, uma vez mais, demonstrou que os produtos de Estremoz têm qualidade”, diz fonte da autarquia.

A Ameixa d’Elvas

As Ameixas D’Elvas Confitadas em Calda, têm denominação de origem protegida (DOP) e apresentam-se em pequenos frascos de 300 e 500 gramas ou em latas de 2,5 e 5,5 kg. As ameixas em calda, são embaladas junto com a calda de confecção original, podendo ser servidas como sobremesa a acompanhar diversos tipos de bolo como o famoso Sericaia por exemplo. “Mesmo depois de aberta a embalagem, os frutos conservam-se bem em ambiente fresco durante algumas semanas”, garante fonte institucional da Confibor.

O nome “Ameixas d’Elvas” tem origem no facto de ter sido nos conventos desta região do Alto Alentejo onde se desenvolveu a receita tradicional que utiliza os frutos frescos da ameixeira Rainha Claudia Verde, num prolongado processo de confitagem, dando origem a um produto único em todo o Mundo.

As Ameixas d’Elvas confitadas constituíram durante séculos as ofertas mais exclusivas que as freiras destes conventos ofereciam aos ilustres habitantes da região. Vários são os relatos de grande apreciação por este produto nos banquetes de ilustres nomes da nobreza das artes e da ciência, em cujas mesas eram presença obrigatória.

O famoso Duque Wellington, que durante as guerras da restauração passou algum tempo em campanhas nesta região do Alentejo, constituiu-se como um grande apreciador deste doce, sendo mais tarde o seu embaixador na divulgação das Ameixas d’Elvas em Inglaterra. E foi a exportação para Inglaterra que desde meados do século XIX até meados do século XX mais dinamizou a indústria das ameixas na região, tendo havido várias dezenas de fábricas em funcionamento.

Com a crise das fábricas de confitagem de ameixas em meados do século passado, desenvolveu-se a actividade da secagem ao sol dos frutos de Rainha Cláudia, que dá origem a um produto bem diferenciado das outras passas de ameixas, que ainda hoje pode ser apreciado em algumas lojas especializadas.

Foi a necessidade de preservar estes produtos tradicionais de elevada qualidade da gastronomia regional, todos eles resultantes da utilização dos frutos das ameixeiras Rainha Claudia Verde regionais que em 1994 foi publicado o despacho 49/94 reconhecendo a denominação de origem Ameixa d’Elvas.

“Hoje só as entidades que satisfaçam os requisitos previstos no caderno de encargos da denominação de origem e apresentem a respectiva certificação estão autorizados a utilizar a denominação Ameixa d’Elvas”, salienta a mesma fonte da Confibor.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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