A Ordem dos Nutricionistas congratula-se com a nova taxa prevista no Orçamento do Estado para alimentos com alto teor de sal e aplaude o Governo pelo acordo estabelecido com a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação para a redução do teor máximo de sal na comercialização de pão em Portugal.
“O consumo excessivo de sal é um hábito alarmante, que exige uma acção forte do Estado, muito para além de medidas fiscais isoladas, como também iniciativas que incentivem a alimentação saudável, nomeadamente uma maior disponibilidade dos alimentos saudáveis e a promoção de literacia nesta área”, defende a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.
Segundo Alexandra Bento, “o acordo com as panificadoras é uma das medidas a seguir, sendo um exemplo de como se pode reduzir o consumo de sal na alimentação dos portugueses”.
Perigosos veículos de sal
A Bastonária realça ainda que “vários alimentos confeccionados são perigosos veículos de sal, pelo que devem ser celebrados outros acordos, nomeadamente com a restauração colectiva e pública”. Para a Ordem dos Nutricionistas, a verba reunida com a nova taxa deve ser aplicada directamente em medidas de melhoria dos hábitos alimentares, na disponibilização de mais nutricionistas dentro e fora do Serviços Nacional de Saúde (SNS), e no estabelecimento de acordos de auto-regulação com a indústria alimentar.
Recorde-se que a proposta de Orçamento do Estado para 2018 prevê a criação de um imposto sobre bolachas, biscoitos, cereais e batatas fritas que tenham um teor de sal igual ou superior a 1 grama por cada 100 gramas de produto, sendo aplicada uma taxa de 0,80 cêntimos por quilograma.
Agricultura e Mar Actual