AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
Nicola Procaccini, co-presidente do Grupo dos Reformistas e Conservadores Europeus (Grupo ECR) no Parlamento Europeu arrasou a Comissão Europeia pelas medidas cada vez mais restritivas à produção agrícola. “A Comissão espera um agradecimento dos agricultores pela loucura do Pacto Ecológico?”, perguntou, dirigindo-se hoje, 7 de Fevereiro, ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no debate sobre a capacitação dos agricultores e das comunidades rurais.
Procaccini acusou a Comissão Europeia por “sobrecarregar incansavelmente os agricultores com a legislação do Pacto Ecológico” que “não só não ajuda os agricultores, mas também torna o seu trabalho mais difícil, reduz os seus rendimentos e afecta negativamente os seus meios de subsistência”.
“Em média, a cada quatro meses atiram com uma lei contra os agricultores, criadores pecuários e pescadores”, realçou o líder do Grupo ECR, atacando também o ex-líder do Pacto Ecológico, Frans Timmermans, que abandonou a Comissão para regressar à política nacional (Países Baixos) em Novembro passado. “Lamento que Timmermans, que fugiu a tempo, não esteja aqui”.
Mas Nicola Procaccini não se ficou por aqui. “Com do Prado ao Prato, esmagou os agricultores e promoveu o consumo de insectos e larvas. Com o Nutriscore queria seguir a dieta mediterrânea. Com o regulamento das embalagens, proibiu embalagens que garantem frescura às frutas e legumes. Com as reivindicações Verdes, estabeleceu que os vegetais não podem ser definidos como “verdes” se forem transportados de camião”.
E acrescentou: “com a estratégia contra o cancro, declararam guerra à carne e ao vinho. Com uma directiva, o equiparou os as explorações pecuárias às instalações industriais. Por outro lado, querem que as empresas farmacêuticas produzam carne em laboratórios”.
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