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Indústria fitofarmacêutica quer taxa de retoma de embalagens na UE de 75% até 2025

A CropLife Europe, associação que representa a indústria fitofarmacêutica a nível europeu, da qual a portuguesa Anipla — Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas é membro, tem como meta para 2025 atingir uma taxa de retoma das embalagens daqueles produtos de 75%.

Actualmente, a taxa de retoma de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos na União Europeia (UE) é de 66%, e 20 dos 27 Estados-membros têm um sistema de gestão e valorização de resíduos implementado. O compromisso da indústria passa ainda por atingir uma cobertura de 100% do território da UE, até 2025.

As propostas foram avançadas pela CropLife Europe no Fórum Europeu de Gestão de Embalagens (co-organizado
pela Anipla), a 9 e 10 de Novembro, em Lisboa, onde reafirmou o compromisso da indústria com as metas de Economia Circular da União Europeia.

A CropLife Europe revelou ainda que pretende propor a cada associada uma meta nacional de taxa de retoma de embalagens para 2025, de modo que todos os Estados-membros contribuam para o objectivo europeu dos 75%. E admite vir “a disponibilizar recursos financeiros para comparticipar campanhas nacionais de sensibilização, sobretudo em regiões agrícolas de minifúndio, onde a taxa de retoma é tradicionalmente mais baixa”, segundo a edição 34 da Valorfito@tual, de Novembro 2022.

“Portugal com o Sistema Valorfito [Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura] é um exemplo de empenho e pode indicar o caminho que outros países devem seguir, para que todos de uma forma colaborativa possamos atingir as metas ambiciosas a que nos propomos em matéria de gestão de resíduos”, afirmou Olivier de Matos, director-geral da CropLife Europe, sublinhando que “o diálogo e a colaboração entre autoridades nacionais, europeias e o sector privado são fundamentais para atingirmos os objectivos de Economia Circular da UE”.

Valorfito

No Fórum Europeu de Gestão de Embalagens, a explicação do funcionamento do sistema português esteve a cargo de António Lopes Dias, director-geral do Valorfito, que apresentou os indicadores de desempenho em 2021: 51,2% de taxa de retoma (no fluxo de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos); 45% de taxa global de valorização (incluindo os três fluxos de resíduos de embalagens: fitofármacos, sementes e biocidas) e 35% de taxa de reciclagem.

Entre 2005 e 2021, os agricultores europeus entregaram para valorização 290.000 toneladas de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, das quais 152.000 toneladas foram recicladas. Em 2021, a taxa de reciclagem ultrapassou os 83%, “demonstrando o bom desempenho ambiental de agricultores e indústria”, adianta a Valorfito@tual, salientando que os resíduos de embalagens reciclados são utilizados no fabrico de diversos materiais, tais como tubos de protecção para cabos subterrâneos de Internet ou cones de sinalização rodoviária, prolongando o ciclo de vida e contribuindo para a Economia Circular.

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