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DGAV dá Autorização Excepcional de Emergência contra a praga Scirtothrips aurantii em várias culturas

A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária emitiu uma Autorização Excepcional de Emergência, para utilização de produtos fitofarmacêuticos no controlo da praga de quarentena Scirtothrips aurantii, em plantas hospedeiras, por um prazo máximo de 120 dias.

A Autorização Excepcional de Emergência n.º 2024/20 é para as seguintes culturas: framboesa; mirtilo; morangueiro; citrinos; mangueira; plantas ornamentais; macieiras; pereiras; olival; pessegueiro incluindo nectarinas; videira; abacateiro; e videira.

Explica a DGAV que “a presença da espécie Scirtothrips aurantii foi oficialmente confirmada, pela primeira vez no território nacional, em Dezembro de 2022, no concelho de Tavira, na região do Algarve. Em 2023, foi dada continuidade aos trabalhos de prospecção pelos serviços oficiais, sendo confirmada a presença da praga em novos locais, perfazendo assim um total de 36 zonas demarcadas”.

Face ao exposto, “é premente estabelecer medidas destinadas a controlar esses focos, o mais rápido possível. É importante evitar, na medida do possível, a dispersão no território nacional deste inimigo, face à elevada nocividade desta praga para diferentes espécies vegetais susceptíveis incluindo culturas de elevado interesse económico (citrinos, pequenos frutos, espécies tropicais, videira entre outros)”.

E realça que “considerando que não existe, na actualidade, qualquer produto fitofarmacêutico autorizado, para o controlo de Scirtothrips aurantii, é importante dispor de meios de luta química de forma a controlar as populações deste inimigo visando a evitar a sua dispersão por todo o território nacional”.

Conheça todas as substâncias activas autorizadas aqui.

Scirtothrips aurantii

A Scirtothrips aurantii é uma praga extremamente polífaga, sendo a laranjeira (C. sinensis) o seu hospedeiro preferencial. Tem como hospedeiros outras culturas, espécies ornamentais, e plantas silvestres. Além de laranjeira, em Portugal já foi detectado em limoeiro (Citrus limon), clementina (C. reticulata), Citrus x nobilis, figueira (Ficus carica), macieira (Malus domestica), Myoporum sp., murta (Myrtus communis), abacateiro (Persea americana), pessegueiro (Prunus persica), Rosa sp., Rubus sp., e mirtilo (Vaccinium myrtillus).

Originário de África, descrito pela primeira vez em 1920 na África do Sul, em citrinos, encontra-se presente em vários países do continente africano, Iémen e Austrália, refere o folheto explicativo da DGAV “Scirtothrips aurantii Faure – Tripes dos citrinos da África do Sul”.

No território da União Europeia, a sua presença é conhecida em Espanha (Andaluzia, 2020) e em Portugal (Algarve, 2022), encontrando-se em implementação medidas fitossanitárias com vista à sua erradicação.

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Um comentário

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