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165.801 toneladas de pescado capturado em 2022. Queda de 11%

A frota portuguesa capturou 165.801 toneladas de pescado em 2022, o que relativamente a 2021 representou um decréscimo de 10,6% na produção da pesca nacional, refere o anuário “Estatísticas da Pesca 2022”, elaborado pelo INE — Instituto Nacional de Estatística e a DGRM — Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.

A redução global do volume de pesca derivou exclusivamente do menor volume de capturas em águas nacionais (-13,4%), uma vez que as capturas em pesqueiros externos (38.445 toneladas) praticamente se mantiveram (+0,1%) face a 2021.

Adianta o documento que do total capturado no ano em análise, 121.069 toneladas corresponderam a pescado fresco ou refrigerado, transaccionado em lota (140.562 toneladas em 2021), no valor de 335.542 mil euros (335.044 mil euros em 2021), o que representou um decréscimo de 13,9% em volume e praticamente uma manutenção (+0,1%) em valor.

O decréscimo ocorreu tanto no continente, com 106.158 toneladas (-14,1% face a 2021) como nas regiões autónomas, com as capturas dos Açores (10.200 toneladas) a reduzirem-se em 13,9% e as 4.711 toneladas capturadas na Madeira a representarem um decréscimo de 9,2%.

Para a redução registada no volume das capturas a nível nacional, contribuiu de forma decisiva o decréscimo ocorrido nos peixes marinhos (100 857 toneladas), inferior em 14,0% relativamente a 2021.

Captura de biqueirão cai 63,3%

Realça o anuário “Estatísticas da Pesca 2022” que foi especialmente significativa a redução de espécies como o biqueirão (-63,3%), com 3.533 toneladas, o carapau negrão (-51,4%), com 2.959 toneladas, os atuns (-25,4%), com 8.789 toneladas e a cavala (-7,8%) que não ultrapassou as 21.144 toneladas. Decréscimo ainda para a sardinha, com as 24.6311 toneladas capturadas a representar uma diminuição de 8,9% em relação a 2021.

Em contrapartida, algumas espécies com peso no volume total das capturas nacionais de pescado registaram acréscimos, sendo de salientar o carapau (+6,4%) com 17.702 toneladas, o peixe espada preto (+3,2%), com 4.252 toneladas e o verdinho (+61,7%), que atingiu uma captura de 1.956 toneladas.

Moluscos e crustáceos

O volume de moluscos contabilizou 17.895 toneladas, tendo sido inferior em 14,6% face a 2021. Para este decréscimo é de salientar as capturas significativamente inferiores de berbigão (-62,7%), mas também de potas (-52,0%) e choco (-23,3%). Houve, no entanto, algumas espécies cuja captura foi superior em 2022, caso do polvo (+9,7%), das lulas (+57,3%) e das amêijoas (+20,5%).

A captura de 1.777 toneladas de crustáceos em 2022 representou um acréscimo de 3,9%. Para este resultado contribuiu uma maior captura de algumas das principais espécies deste grupo, nomeadamente gambas (+10,7%) mas também camarões (+39,2%) e lagostas e lavagantes (+62,3%). Pelo contrário, diminuíram no ano em análise as capturas de caranguejos (-10,4%) e de lagostim (-18,4%).

O anuário “Estatísticas da Pesca 2022” é composto por nove capítulos temáticos, tendo em cada um deles sido incorporada a análise de resultados e os respectivos dados.

Consulte o relatório completo aqui.

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