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Açores participam na definição de metodologias de conservação dos oceanos

O director Regional dos Assuntos do Mar dos Açores apontou hoje, 15 de Março, em Saint George, nas Bermudas, a Comissão do Mar dos Sargaços (Sargasso Sea Commission) como “um caso de estudo, que contribui de forma clara para a definição das políticas de gestão da biodiversidade em áreas fora da jurisdição dos estados”.

Filipe Porteiro, que falava à margem da quarta reunião da Comissão do Mar dos Sargaços e dos signatários da Declaração de Hamilton, afirmou que “as discussões sobre a conservação da biodiversidade em águas internacionais estão a decorrer ao mais alto nível nas Nações Unidas, no quadro da Lei do Mar”.

Conservação do Mar dos Sargaços: uma prioridade internacional

Segundo o director Regional, a conservação do Mar dos Sargaços “é uma prioridade internacional, atendendo às especificidades ecológicas únicas” deste ecossistema.

Neste sentido, destacou a “relevância” de os Açores integrarem aquela Comissão, afirmando que a Região, “agora, como no passado, quer participar na definição de metodologias de conservação e governança dos oceanos”.

O director Regional salientou a “proximidade geográfica” do Mar dos Sargaços, cuja fronteira se situa próximo da fronteira sudoeste dos Açores, acrescentando que a conservação deste ecossistema “tem implicações directas no estado de conservação dos ecossistemas marinhos da Região”.

“Partilhamos muitas das principais rotas marítimas transatlânticas, partilhamos ‘stocks’ de recursos pelágicos, como tubarões e espadarte, que são alvo das pescarias de palangreiros de superfície, europeus e internacionais, e partilhamos a população de tartarugas comuns, da espécie ‘Caretta caretta’, que vivem à superfície do mar”, afirmou, referindo-se ao património comum entre o Mar dos Açores e o Mar dos Sargaços.

Problema ambiental

Filipe Porteiro apontou também como ponto comum “o enorme problema ambiental relacionado com o lixo marinho, de origem longínqua, transportado por correntes oceânicas”.

O director Regional afirmou ainda que os efeitos das alterações climáticas, a acidificação e o aumento da temperatura dos oceanos, bem como a alteração das cadeias tróficas já se fazem sentir no Mar dos Sargaços, que é considerado “relativamente pristino”.

Filipe Porteiro participou também, durante dois dias, no workshop ‘Next Steps to strengthen Stewardship of the Sargasso Sea’, organizado pela Comissão do Mar dos Sargaços, Departamento de Pescas e Oceanos do Canadá e Governo das Bermudas.

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