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Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo tem investimento previsto de 993 M€

O Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo foi apresentado hoje, 21 de Junho, na Estação Elevatória de Álamos, em Portel. O plano prevê investimentos de 993 milhões de euros, com o objectivo de optimizar os recursos, melhorar a eficiência e adaptar o território, informa o Governo. As medidas serão implementadas até 2030.

“Temos mesmo de apostar e de investir fortemente na eficiência energética na boa utilização dos recursos hídricos para poder assegurar que há agricultura, que temos alimentação e, portanto, podemos sobreviver neste planeta”, afirmou o primeiro-ministro António Costa.

A apresentação, inserida no programa do Governo Mais Próximo, decorreu na Estação Elevatória dos Álamos, uma das maiores da Europa e um dos projectos “mais transformadores da economia, do ambiente e da agricultura do Alentejo das últimas décadas”, garante o Executivo.

E acrescenta que “a diminuição em cerca de 20% das disponibilidades hídricas nos últimos trinta anos e o aumento da temperatura do ar, fazem da gestão dos recursos hídricos uma prioridade. É neste enquadramento que surge o Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo, promovido entre a área governativa do ambiente e acção climática, da agricultura e do turismo e que envolveu, também, as principais entidades competentes e stakeholders da região do Alentejo, numa abrangência geográfica focada nas bacias hidrográficas do Guadiana, Sado e Mira”.

70 medidas

Para a resolução do problema, acrescenta o Governo, foram “aportadas pelas diferentes entidades e stakeholders mais de 70 medidas que podem ser realizadas a curto e médio prazo, sendo que 12 referem-se a medidas de gestão dos recursos hídricos, 12 para o sector urbano, 41 medidas para o sector agrícola, 2 para os sectores da indústria e 6 para o turismo”.

Cerca de 30% das medidas visam aumentar a eficiência, 45% visam a adaptação, 17% medidas ambientais e 8% a articulação (incluindo divulgação de boas práticas).

O investimento total somado por todas as medidas é de 993 milhões de euros, sendo que cerca de 79% correspondem ao sector agrícola, 18% ao sector urbano e 3% para os restantes.

De acordo com o plano, o Governo estima que seja possível “reduzir os consumos de água no sector urbano e turístico em cerca de 10% (17 hm3) e nos aproveitamentos hidroagrícolas colectivos na ordem dos 12% (29 hm3).

Medidas a curto prazo

O Executivo destaca como medidas em destaque a curto prazo a construção de reservatórios artificiais intermédios e modernização e reabilitação da rede de distribuição do AH do Mira; a avaliação da área beneficiada de alguns Aproveitamentos Hidroagrícolas, designadamente a redelimitação dos AH de Lucefecit, Roxo e Campilhas e Alto Sado; e a construção da rede de transporte e distribuição de água para a rega do AH do Xévora.

Por outro lado, salienta a redução das perdas de água na rede primária e na rede secundária do AH de Odivelas; intervenções para promover a eficiência hídrica do AH do Caia; a modernização das redes de rega dos blocos gravíticos do AH do Roxo e reabilitação do Canal Condutor Geral do Roxo/1.º Troço e o aproveitamento do potencial de produção de energia hidroeléctrica na barragem do Roxo.

No âmbito do EFMA — Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva estão previstos investimentos nos circuitos hidráulicos de Reguengos, Messejana e Monte da Rocha, e Vidigueira.

Medidas a médio prazo

Quanto a medidas a médio prazo, o Governo destaca estudos para o aumento da capacidade de armazenamento de água e de regularização interanual; o aumento da capacidade útil de armazenamento no EFMA e em AH Confinantes; e a Avaliação da criação de armazenamento nos afluentes do Baixo Guadiana, além de promover o uso eficiente da água pelos utilizadores, incentivando a eficiência no lado da procura, e o uso integrado de diversas origens de água, assegurando uma gestão optimizada da oferta.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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