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Olival português teve a maior produtividade do Mundo na última campanha

A cidade de Beja recebeu a 10ª edição das Olivum Talks, um evento organizado pela Olivum — Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal que reuniu mais de 220 profissionais e especialistas a nível nacional para discutir os desafios e o futuro do sector, e contou com a participação do ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva. De acordo com Juan Vilar, um dos especialistas presentes nas Olivum Talks, na última campanha, o “olival português foi o que teve maior produtividade em todo o planeta, superando o olival espanhol”.

Este encontro nacional do sector do azeite esteve dividido em dois painéis de discussão moderados pela directora executiva da Olivum, Susana Sassetti, e centrou-se nos desafios da gestão de água no olival, no impacto do azeite na economia portuguesa e na actualização dos dados do estudo ‘Alentejo a Liderar a Olivicultura Internacional’, encomendado pela Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal.

Um dos pontos destacados foi o notável crescimento da exportação de azeite nos últimos 20 anos, salienta uma nota de imprensa da Olivum. De acordo com Pedro Santos, director-geral da Consulai – Consultadoria Agro-Industrial, uma das empresas responsáveis pelo estudo, a exportação aumentou 12 vezes em volume e 18 vezes em valor.

O mais produtivo do Mundo

“Na verdade, Portugal reúne todas as condições para se tornar num dos três maiores produtores de azeite a nível global”. De acordo com Juan Vilar, um dos especialistas presentes nas Olivum Talks, “o peso do azeite virgem extra é particularmente significativo em Portugal, devido à elevada percentagem de olivais modernos e mecanizados, e também à grande evolução dos lagares de azeite, com o maior parque industrial moderno e de grande capacidade a nível mundial”. O especialista avançou ainda que, na última campanha, o “olival português foi o que teve maior produtividade em todo o planeta, superando o olival espanhol”.

Este desempenho contribuiu significativamente para a economia nacional, representando um saldo positivo de 515 milhões de euros na balança comercial, destacando o azeite como um dos principais motores económicos do País que, pela primeira vez, ultrapassou os valores de exportação do vinho, acrescenta a mesma nota.

Face a esta realidade, estima-se que a produção nacional, este ano, se situe nas 150.000 a 160.000 toneladas de azeite. No entanto, a Olivum estima que Portugal poderá vir a atingir uma produção entre 250 a 300 mil toneladas, adianta a mesma nota.

“O facto de ainda estamos em processo de crescimento e reconversão das culturas tradicionais para culturas em sebe, faz com que a produção ainda não esteja em pleno, mas esperamos consegui-lo no prazo de 4 a 5 anos”, de acordo com Pedro Lopes, presidente da Olivum.

Nesta data, em que se celebrou o décimo aniversário da Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, ficou também marcada por uma homenagem ao Eng.º Armando Sevinate Pinto, 1º presidente da assembleia geral da Olivum, cujo “contributo foi incontornável para o crescimento e desenvolvimento do sector na região do baixo Alentejo”.

Olivum

Com 10 anos de história, a Olivum — Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal visa defender e representar os olivicultores junto das entidades oficiais e outras associações e confederações, a nível nacional e internacional. Com a missão de identificar os desafios e oportunidades do sector, tem a missão de potenciar a integração entre a investigação, produção e a indústria. Fomentar o conhecimento dos principais aspectos da produção olivícola em Portugal, em especial do olival moderno de regadio, é um dos porta estandarte da associação que pretende ser um interlocutor qualificado e representativo na defesa dos interesses do sector.

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Um comentário

  1. Portugal tem que se desenvolver em outros setores,industrial e transformacao é não depender somente do turismo parabéns.

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