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Eurodeputado do PCP: COP28 “deixou intocados instrumentos perversos” como o “esquema de transacção de créditos de carbono”

O eurodeputado do Partido Comunista Português (PCP) João Pimenta Lopes diz que os compromissos e medidas adoptadas na COP28 “ficam aquém das proclamadas ambições” e garante que “deixou intocados instrumentos perversos, como o esquema de transacção de créditos de carbono, a opção de financeirização da natureza, para o que se mobilizam milhares de milhões de verbas públicas em subvenções para os grupos económicos que faltam aos países em desenvolvimento, assim como a responsabilização individual através de conceitos como a chamada fiscalidade verde”.

Segundo João Pimenta Lopes, tratam-se de “concepções e orientações que não alteram as causas de fundo dos problemas ambientais com que nos confrontamos, a exploração desenfreada de recursos naturais e do ser humano que a procura incessante de lucro e de concentração de riqueza pelos grandes grupos económicos e a perseguição de posições de hegemonia e controlo de recursos sobre países terceiros pelas grandes potências ao longo da história originaram. A solução para os problemas ambientais não pode ser encontrada sem considerar simultaneamente as dimensões económicas e sociais”.

Para o eurodeputado comunista, “é hora de implementar medidas que sirvam simultaneamente a mitigação e adaptação às alterações climáticas, a elevação das condições económicas e sociais dos povos e as políticas de desenvolvimento soberano dos Estados”. Entre outras, e designadamente para Portugal, João Pimenta Lopes diz ser “necessário prosseguir a luta para” recuperar o “controlo público de sectores estratégicos, como o sector energético” e “reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, o que pode ser conseguido através da promoção de fontes de energia alternativas no domínio público”.

Por outro lado, aponta a necessidade de “promover a produção e consumo locais, reconhecendo o direito de cada país e de cada povo à produção e soberania em domínios essenciais como a alimentação reduzindo os circuitos de produção-comercialização-consumo e os impactos da deslocação de bens alimentares” e de “garantir o controlo público da água e aumentar a eficácia da sua utilização”, além de se “adoptar medidas urgentes de adaptação aos efeitos das alterações climáticas sobre o território nacional”.

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