O volume de capturas de pescado em Portugal, em Janeiro de 2021, diminuiu 4,5% (-31,1% em Dezembro), facto justificado pela menor captura de peixes marinhos, sobretudo carapau e biqueirão, mas também peixe-espada e sardinha.
Às 4.859 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 18.032 mil euros, valor que representou igualmente um decréscimo de 5,0% (-2,8% em Dezembro), revela o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Março de 2021, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 198 toneladas de pescado, ou seja, um decréscimo de 48,4% (-54,4% em Dezembro), que resultou sobretudo da menor captura de carapau e peixe-espada.
Na Região Autónoma da Madeira as 173 toneladas capturadas constituíram igualmente uma diminuição de 24,8% (+7,8% em Dezembro), especialmente devido à menor captura de peixe-espada e carapau.
Peixes marinhos
Quanto ao volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi de 3.167 toneladas e teve uma diminuição de 10,7% (-41,5% em Dezembro). Esta situação resultou do menor volume de captura de carapau (-33,7%), com 852 toneladas, peixe-espada (-11,5%), com 319 toneladas, biqueirão (-98,3%), com apenas 1 tonelada capturada, em virtude das medidas de gestão sustentável implementadas para esta pescaria, expressas no Despacho Nº 28 /DG/ 2020 e de sardinha (-69,6%) com uma captura residual exclusivamente nas Regiões Autónomas.
Pelo contrário, registaram-se maiores capturas de cavala (+77,8%), com 346 toneladas e tunídeos (+138,1%), com 257 toneladas capturadas.
Crustáceos caem 23,5%
Por sua vez, o volume de crustáceos (51 toneladas) teve um decréscimo de 23,5% (+3,0% em Dezembro), devido principalmente aos menores volumes de caranguejo mouro e perceve. Já o volume de moluscos representou um aumento de 11,9%, atingindo as 1 633 toneladas, sendo de destacar sobretudo uma maior captura de polvo, berbigão e choco.
Agricultura e Mar Actual