A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Julho de 2018, um total de 6.505 incêndios rurais que resultaram em 5.564 hectares de área ardida, entre povoamentos (1.887 ha), matos (3.067 ha) e agricultura (610 ha).
As causas mais frequentes para os incêndios, em 2018, são o uso do fogo em queimadas (70%). Os grandes incêndios de Monchique ainda não estão contabilizados nestas estatísticas.
Comparando os valores do ano de 2018 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala o “3º relatório provisório: 1 de Janeiro a 31 de Julho” da responsabilidade do ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que se registaram menos 36% de incêndios rurais e menos 85% de área ardida relativamente à média anual do período.
O ano de 2018 apresenta, até ao dia 31 de Julho, o terceiro valor mais reduzido em número de ocorrências e o valor mais reduzido de área ardida, desde 2008.
Dimensão dos incêndios
A distribuição do número de incêndios rurais por classe de área ardida evidencia que em 2018 os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare são os mais frequentes (86% do total de incêndios rurais). No que se refere a incêndios de maior dimensão, assinala-se, até à data, a ocorrência de 1 incêndio com área ardida entre 100 e 1.000 hectares.
Realça o ICNF que se consideram “grandes incêndios sempre que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares”.
Até 31 de Julho de 2018 registou-se 1 incêndio enquadrado nesta categoria, que resultou em 153 hectares de área ardida, cerca de 3% do total da área ardida.
4.252 incêndios investigados. Queimadas lideram
Do total de 6.505 incêndios rurais verificados no ano de 2018, 4.252 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (65% do número total de incêndios – responsáveis por 82% da área total ardida).
As causas mais frequentes para os incêndios, em 2018, são o uso do fogo em queimadas (70%).
De estes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.125 incêndios (73% dos incêndios investigados; responsáveis por 66% da área total ardida).
Até à data, as causas mais frequentes em 2018 são: uso do fogo – queimadas (70%) e incendiarismo — imputáveis (13%).
Distrito do Porto lidera ocorrências
Da análise por distrito, destacam-se com maior número de ocorrências, e por ordem decrescente, os distritos de Porto (1.019), Viseu (640) e Braga (638). Em qualquer um dos casos, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam 1 hectare de área ardida), frisa o ICNF.
No caso específico do distrito do Porto a percentagem de incêndios com menos de 1 ha de área ardida é de 92%.
O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Braga com 954 hectares, cerca de 17% da área total ardida até 31 de Julho, seguido de Viana do Castelo com 650 hectares (12% do total) e da Guarda com 598 hectares (11% do total).
Menos incêndios em Maio
No corrente ano e até à data, o mês de Maio é aquele que apresenta maior número de incêndios rurais, com um total de 2.131 incêndios, o que corresponde a 33% do número total registado no ano.
No que respeita à área ardida, até 31 de Julho, o mês de Fevereiro é o mês que apresenta maior área ardida no corrente ano, com um total de 1.841 hectares, o que corresponde a 33% do total de área ardida registado no ano.
Pode ler o relatório completo aqui.
Agricultura e Mar Actual