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7,3 milhões de hectolitros. INE prevê maior produção de vinho desde 2006

As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Outubro, apontam para boas perspectivas de quantidade e qualidade na vinha, com uma estimativa de produção próxima dos 7,3 milhões de hectolitros, a maior desde 2006, sendo assim a vindima de 2023 uma das mais produtivas das últimas duas décadas.

A dispersão geográfica da vinha, aliada às particularidades edafoclimáticas das regiões vitícolas e às características das castas aí instaladas, prolongou a realização das vindimas, que decorreram desde a primeira quinzena de Agosto até à primeira de Outubro, explicam os técnicos do INE.

Após uma floração e alimpa sem incidentes de registo, o desenvolvimento e maturação dos bagos foi heterogéneo, em particular nas vinhas de sequeiro mais expostas às temperaturas extremas de Agosto e ao prolongado estio, com frequentes situações de estagnação dos níveis de açúcar em valores relativamente baixos, acrescentam.

Em termos fitopatológicos, registo para alguns ataques de míldio e oídio, mais intensos na região dos Vinhos Verdes e em certas zonas do Centro, bem como ocorrências de podridão cinzenta no Norte e Centro (potenciada pela ocorrência de precipitação em Setembro), e de traça da uva e cigarrinha verde nas regiões do Ribatejo e Alentejo, esta última de combate particularmente difícil após a retirada de algumas substâncias activas do mercado.

Exceptuando algumas sub-regiões da região dos Vinhos Verdes e da região da Beira Interior, o INE prevê aumentos globais de produtividade em todas as regiões, o que conduzirá a uma produção próxima dos 7,3 milhões de hectolitros, uma das mais elevadas das últimas duas décadas. Antevêem-se vinhos complexos e com equilíbrio entre o teor alcoólico, a acidez e os taninos.

Na uva de mesa, a colheita das variedades mais tardias terminou em meados de Outubro, com grande pressão de alguns incidentes fitossanitários(principalmente cigarrinha verde e oídio). A produção deverá aumentar 10%, face a 2022, ficando ainda aquém da média do último quinquénio (-4%).

Pode ler as previsões agrícolas do INE aqui.

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