AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
Os movimentos de navios de passageiros na Via Navegável do Douro (VND), em 2023, registou aumentos comparativamente a 2022, nas diferentes tipologias, representando que “o sector continua a contribuir para uma dinâmica e execução cada vez com menor sazonalidade e com dispersão territorial ao longo dos quase 210 km de extensão da VND”.
Após o período pandémico, a Via Navegável do Douro “continua no seu trajecto de retoma, efectuando uma verdadeira interligação territorial, como uma das mais belas vias navegáveis interiores do Mundo”, refere uma nota de imprensa da APDL — Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.
Se no registado em navios hotel, com passageiros maioritariamente estrangeiros, o aumento foi de quase 20% num total próximo de 107.000 mil passageiros, nos designados cruzeiros de 1 dia – que efectuam operações nas eclusas de navegação – o aumento foi menor (mais de 3%), com um movimento de cerca de 170.000 mil passageiros.
Relativamente às escalas de navegação que se efectuaram numa mesma albufeira ou no estuário, o aumento foi de cerca de 11%, com um movimento de 958.438 passageiros. Neste caso, “a actividade já deixou de se centrar apenas no estuário e nas grandes áreas urbanas do Porto/Gaia, e outros locais já perspectivam dinâmicas muito interessantes para com o território do interior”, acrescenta a mesma nota.
E realça que “zonas como a Entre-os-Rios, Bitetos, Escamarão, Pala, Porto Antigo, Caldas de Arêgos, Régua, Folgosa, Foz do Távora, Ferrão, Sabrosa, Pinhão, São Xisto, Foz do Sabor, Pocinho e Barca D’Alva, detêm já vários operadores fluviais a operar nas respectivas áreas”.
Mais de 1,2 milhões passageiros
No total, o movimento de mais de 1,2 milhões passageiros ainda igualou o ano de 2019, embora, no que concerne ao número de escalas de navegação, 2023 registou 25.000 escalas e respectivos movimentos, operações e serviços. Estes valores estão sempre associados a uma actividade ao longo da VND dos diferentes operadores marítimos turísticos do Douro.
Os dados de 2023 “mostram que o Douro ainda não é visto como uma via privilegiada de transporte de mercadorias, tendo registado um decréscimo de 25% face a 2022, com um total de mais de 9.000 toneladas, com escalas de 10 navios com navegação flúvio-marítima, com destino ao Norte da Europa”, considera a APDL.
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