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TalentA. Ana Teresa Matos vence prémio de empreendedorismo rural no feminino

Ana Teresa Matos, foi a grande vencedora da 4ª edição do programa TalentA, com o projecto “Reserva do Vale Velho” cujo objectivo é continuar a recuperar a área degradada de “Casal das Pias”, na região da Serra da Estrela, com reflorestação das espécies nativas, prática de agricultura sustentável e a preservação da cultura local.

A vencedora do prémio de empreendedorismo rural no feminino, é filha de pais biólogos e apaixonada pela natureza desde a infância. Ana Teresa Matos, formou-se em biologia e ecologia, e na “Reserva do Vale Velho”, em Folgosinho, no município de Gouveia, a economia circular e a sustentabilidade são o seu objectivo presente e futuro.

A reflorestação com espécies nativas, a prática de agricultura sustentável e a preservação da cultura local são aspectos centrais do projecto “Reserva do Vale Velho”.

Num País onde apenas 33% das mulheres lideram projectos agrícolas e pecuários, o programa TalentA premiou hoje os novos projectos rurais liderados por empreendedoras femininas. Uma iniciativa da Corteva Agriscience, a maior empresa agrícola 100% listada no Mundo, e uma referência em sementes sob a sua marca líder Pioneer, protecção de culturas e agricultura digital, e da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, que vai na 4ª edição e no total já somou mais de 250 candidaturas em território nacional.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher e de forma a colocar em relevo a sua importância no futuro do panorama rural português, 3 novos projectos foram hoje reconhecidos e revelados na cerimónia de entrega de prémios da 4ª Edição do Programa TalentA, de onde saiu uma vencedora e duas finalistas.

Quinta da Mourisca

A empreendedora rural Diana Costa recebeu um dos prémios de finalista com a sua “Quinta da Mourisca”, um projecto familiar do Alendouro, em Trás-os-Montes, que visa revitalizar a região, combinando tradição e inovação na produção de alimentos biológicos. As mulheres desempenham um papel crucial na Quinta da Mourisca, representando 70% da equipa. A sustentabilidade é uma prioridade, com práticas para reduzir o desperdício e a reutilização de recursos.

A finalista decidiu seguir o seu interesse por gestão e sustentabilidade, matriculando-se em cursos e programas relacionados. Acredita na importância de revitalizar o mundo rural e promover a ligação entre as áreas urbanas e rurais para explorar o potencial do interior português, na zona de Agrobom, no município de Alfândega da Fé.

Criatura

E, finalmente, Diana Rego, obteve também o prémio de finalista pelo seu projecto “Criatura”, um projecto local, sediado em Penafiel, que trabalha directamente com pequenos agricultores, transformando excedentes de plantas aromáticas e frutas em produtos inovadores.

Além de dar uma nova vida a produtos com menor valor comercial, este projecto valoriza também a profissão dos pequenos agricultores, reduzindo o desperdício alimentar e contribuindo para a economia local e conservação da biodiversidade. Todos os produtos são formulados com matérias-primas biológicas portuguesas e certificadas, promovendo práticas agrícolas sustentáveis.

Diana Rego desenvolveu um interesse pela natureza e pela agricultura, influenciada pelos seus avós agricultores. Tendo notado as dificuldades dos pequenos agricultores locais em rentabilizar as suas colheitas, inspirou-se nessa realidade e no desejo de ter um papel activo na comunidade para criar a marca “Criatura”, em Penafiel.

As duas finalistas vão ter acesso a formação e a vencedora do primeiro prémio irá receber ainda um apoio financeiro de 5.000 € para a implementação do seu projecto.

O programa TalentA, foi lançado em 2021 pela Confederação dos Agricultores de Portugal e pela Corteva Agriscience, com o objectivo de empoderar as empreendedoras rurais e capacitar os seus projectos com formação e financiamento, contribuindo para a sua expansão.

Durante o evento, Clara Serrano, vice-presidente da unidade comercial do Sul da Europa na Corteva Agriscience transmitiu o seu agradecimento às finalistas afirmando que “estamos muito orgulhosos por, mais uma vez, ajudar a elevar o papel das mulheres rurais na agricultura, que, apesar das barreiras sentidas ano após ano, não baixam os braços e continuam empenhadas em revitalizar o mundo rural e liderar a transformação positiva no panorama rural nacional”.

E adiantou que “na Corteva, sabemos que as mulheres são a espinha dorsal do mundo rural e acreditamos que a formação e o apoio financeiro são a chave de sucesso para a implementação de qualquer projecto. É com muito agrado que concluímos a 4 ª edição deste programa e reforçamos a nossa missão é continuar a empoderar as mulheres rurais em prol de um futuro agrícola mais sustentável e com mais igualdade”.

Por sua vez, Luís Mira, secretário-geral da CAP destacou que “as três novas vencedoras são um impulso para o sector, com projectos que se distinguem pela sustentabilidade e reabilitação rural. É este o caminho que acreditamos para a sobrevivência da cadeia agrícola e pecuária”.

O júri, composto por representantes especializados de ambas as entidades, avaliou diferentes critérios que vão desde a inovação, o combate à desertificação, o impacto e a sustentabilidade dos projetos inscritos, o empoderamento económico até à possibilidade de réplica de negócio. Graças ao Programa TalentA, a Corteva já conseguiu empoderar mais de mil mulheres rurais de 9 países, incluindo Portugal.

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