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Falta de humidade e septoriose goram expectativas de boa campanha na castanha

Os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) dizem, no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Dezembro de 2021, que “apesar de um início de ciclo auspicioso para a cultura da castanha, com uma carga de frutos acima do normal, as condições meteorológicas que se fizeram sentir a partir de meados do Verão comprometeram, na maior parte dos soutos, o desfecho favorável da actual campanha”. O INE estima uma redução da produção global de castanha na ordem dos 10%, face a 2020.

A ocorrência de vários períodos de precipitação, conjugada com temperaturas médias não muito elevadas durante o final de Julho e princípio de Agosto, potenciaram o aparecimento e desenvolvimento da septoriose, doença provocada pelo fungo Mycosphaerella maculiformis que, habitualmente, tem ocorrência marginal e de pouco impacto económico, acrescenta o INE.

E realça o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Dezembro de 2021 que “parte significativa dos produtores não efectuou o recomendado tratamento fitossanitário à base de cobre, tendo como consequência o aparecimento em muitos castanheiros de necroses no pedúnculo do ouriço, que conduziram à sua queda precoce (antes da maturação)”.

Castanhas com calibres inferiores

Para agravar a situação, os períodos de escassez de humidade dos meses de Outubro e Novembro, numa cultura maioritariamente de sequeiro, conduziram a castanhas com calibres inferiores, muitas vezes associadas a dificuldades de abertura e queda dos ouriços. Desta forma, o INE estima uma redução da produção global de castanha na ordem dos 10%, face a 2020. Recorde-se que o último grande ataque descontrolado de septoriose ocorreu em 2014, com grande impacto na produção (a segunda menor das últimas duas décadas).

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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