“No rescaldo da crise pandémica, e perante um importante envelope financeiro que permitirá pôr em marcha o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), torna-se imprescindível o Governo envolver de forma mais activa as Confederações Patronais num esforço que tem de ser verdadeiramente nacional”. É neste contexto que o Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) solicitaram uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro António Costa.
“Num contexto tão exigente como o actual implicam uma convergência efectiva de esforços e a concertação com o sector privado da economia, primeiro responsável pela criação de emprego, pela geração de riqueza e pelo investimento”
O pedido surge após a CNCP, que reúne a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), ter sido recebida, no passado dia 7 de Junho, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A audiência formal com o Presidente da República foi, num esquema de liderança rotativa, conduzida pelo presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, actual porta-voz do Conselho Nacional das Confederações Patronais, plataforma que agrega as principais Confederações Patronais com o objectivo de reforçar e acelerar a recuperação do tecido empresarial e da economia nacional.
Para aqueles empresários, os desafios que o País enfrenta “num contexto tão exigente como o actual implicam uma convergência efectiva de esforços e a concertação com o sector privado da economia, primeiro responsável pela criação de emprego, pela geração de riqueza e pelo investimento”.
Passar a crise “em sintonia com a iniciativa privada”
“É em sintonia com a iniciativa privada que Portugal será capaz de ultrapassar os desafios que tem pela frente e, nesse sentido, para além do diálogo institucional que é efectuado em sede de Concertação Social, torna-se imperioso envolver os principais responsáveis pelos diversos sectores empresariais privados na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, assim como nas demais medidas de políticas públicas para que o país retome rapidamente uma rota de crescimento”, refere um comunicado da CNCP.
E acrescenta que Portugal deve “avançar, rapidamente, com a definição do Programa Plurianual 20-30, que deve estar articulado, entre outros instrumentos, com o PRR e com o próximo Orçamento do Estado”.
“Atender às carências imediatas é seguramente uma prioridade, mas há que construir um verdadeiro Plano, integrado e coerente, que estruture todas as demais dimensões a que, a prazo, é preciso atender, designadamente, no que respeita aos apoios às empresas e, no seio destas, àquelas mais afectadas pelo contexto pandémico, em múltiplos sectores de actividade”, refere o mesmo comunicado.
Para o Conselho Nacional das Confederações Patronais, os empresários portugueses “devem fazer parte deste esforço nacional, que não é apenas público ou governamental, mas em relação ao qual o Governo tem um papel determinante a desempenhar. É com os empresários, num contexto de estabilidade, confiança e previsibilidade, que se resgata o futuro de Portugal”.
Agricultura e Mar Actual