“Dedicar mais recursos para assegurar uma implementação e execução sólidas das leis e objectivos existentes, incluindo a aplicação vigorosa de acções punitivas contra os Estados-membros não cumpridores”. Esta é uma das respostas de várias organizações não governamentais (ONG), no que diz respeito à biodiversidade marinha, à Estratégia de Biodiversidade da União Europeia para 2030.
“Devido à falta de uma implementação e execução adequadas, os objectivos de conservação estabelecidos na lei ainda não foram atingidos em qualquer área: proteger a natureza marinha, introduzir uma gestão sustentável das pescas e alcançar ecossistemas marinhos saudáveis. É necessário intensificar drasticamente as medidas de execução para garantir que todos os Estados-membros cumpram plenamente as suas obrigações ambientais”, dizem aqueles ambientalistas.
O documento, intitulado “De Volta à Origem: Salvar a Biodiversidade da Europa Começa no Oceano“, realça que “a presidente von der Leyen e muitos chefes de Estado ou de governo da UE juntaram-se ao Compromisso “Líderes pela Natureza” na Cimeira da ONU sobre Biodiversidade, comprometendo-se a reverter a perda de biodiversidade até 2030. As Estratégias de Biodiversidade e “Farm to Fork” da Comissão Europeia são um plano para cumprir essa promessa. Este documento é um conjunto de ferramentas e soluções relacionadas com o oceano que os decisores da UE, incluindo a Comissão, os ministros dos Estados-membros e os eurodeputados, podem utilizar para traduzir essas duas estratégias em acção tangível e vinculativa”.
Mas, considera que “devido à falta de uma implementação e execução adequadas, os objectivos de conservação estabelecidos na lei ainda não foram atingidos em qualquer área: proteger a natureza marinha, introduzir uma gestão sustentável das pescas e alcançar ecossistemas marinhos saudáveis. É necessário intensificar drasticamente as medidas de execução para garantir que todos os Estados-membros cumpram plenamente as suas obrigações ambientais”.
Aqueles ambientalistas defendem, entre outras coisas, o seguinte:
- Avaliações de impacto ambiental das actividades de pesca que incluam elementos como os impactos na rede alimentar, nas espécies não-alvo e associadas, nas espécies protegidas, na perturbação física e na capacidade do ecossistema de mitigar ou adaptar-se às alterações climáticas
- Proibição da pesca de arrasto de fundo em todas as áreas marinhas protegidas da UE;
- Elaborar um plano para restaurar a biodiversidade marinha da UE, através da fixação de um objectivo de restauro de, pelo menos, 15% dos mares da UE
- Eliminar subsídios nocivos no sector das pescas
- Estabelecer critérios ambientais e sociais claros, bem como regras de responsabilidade para os importadores, transformadores e retalhistas para limpar as cadeias de abastecimento de pescado na legislação
- Assegurar que a Organização Marítima Internacional proíbe a utilização de fuelóleo pesado nas águas do Árctico
- Trabalhar para alcançar uma moratória sobre a mineração de mar profundo, incluindo junto da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, e cessar o financiamento para o desenvolvimento de tecnologias de mineração de mar profundo.
O documento de resposta à Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 é assinado pelas seguintes ONG:
- BirdLife Europe;
- Bloom;
- ClientEarth;
- Deep Sea Conservation Coalition;
- Greenpeace European Unit;
- IFAW;
- Medasset;
- Oceana in Europe;
- Our Fish;
- Sciaena;
- Seas At Risk;
- The Nature Conservancy;
- WDC, Whale and Dolphin Conservation;
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