A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, e a Marinha Portuguesa, através de um navio patrulha oceânico e de uma equipa do Destacamento de Abordagem, da Unidade de Operações Especiais dos Fuzileiros, participaram, ao longo das últimas semanas, numa operação internacional de combate ao tráfico de estupefacientes, por via marítima, no decurso da qual foi possível localizar e interceptar, em alto mar, uma embarcação com mais de 1,6 toneladas de cocaína a bordo.
A localização e intercepção da embarcação, a cerca de 500 milhas náuticas, o equivalente a mais de 900 quilómetros, a Oeste do arquipélago de Cabo Verde, ocorreu através do navio da Marinha Portuguesa que, além da sua guarnição, tinha embarcados elementos da Polícia Judiciária portuguesa e de Cabo Verde, refere uma nota de imprensa da Polícia Judiciária.
A embarcação em causa, um pesqueiro com bandeira do Brasil e tripulação constituída por seis homens de nacionalidade brasileira, foi escoltada para Cabo Verde, onde, “na sequência de minuciosas buscas, foi possível identificar um compartimento oculto, cujo acesso estava laboriosamente dissimulado, e no interior do qual foram localizados 60 fardos de cocaína”, adianta a mesma nota.
E salientam existirem “fortes suspeitas do pesqueiro estar a ser usado por uma organização criminosa no transporte de uma elevada quantidade de cocaína entre a América do Sul e o continente europeu”. Na sequência da referida busca, todos os membros da tripulação foram detidos pelas autoridades de Cabo Verde.
A operação “Ventos Alísios” foi coordenada através do Maritime Analisys and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), uma plataforma de cooperação internacional para reforço do combate ao tráfico de drogas por via marítima, com sede em Lisboa, e do qual fazem parte nove países europeus: Portugal, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Irlanda, Reino Unido, Bélgica e Alemanha.
Além do envolvimento directo de Cabo Verde e de Portugal, esta operação contou também com a colaboração activa da Polícia Federal do Brasil, da Drug Enforcement Administration dos EUA e da National Crime Agency do Reino Unido.
“As investigações prosseguem”, garante a mesma nota.
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