A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, foi ao World Ocean Summit 2017, que teve lugar em Bali, na Indonésia, onde defendeu que a chave do desenvolvimento sustentável do oceano reside na adopção da economia circular do mar.
A governante explicou que, os novos modelos de negócio devem conseguir compatibilizar a rentabilidade atractiva com um desempenho ambiental positivo. A título de exemplo, recolher o lixo plástico marinho para aplicação no fabrico de novos produtos, transformando os resíduos numa matéria-prima geradora de lucro e eliminando este problema ambiental dos oceanos.
A ministra do Mar afirmou ainda que Portugal está a promover “Port Tech Clusters” nos portos do País, estimulando a criação de start-ups de base tecnológica que permitam as empresas beneficiar do acesso facilitado ao mar que os portos oferecem e de condições favoráveis para testar tecnologias marítimas que estão ainda em fases iniciais de desenvolvimento.
Ana Paula Vitorino falava no painel dedicado à Economia do Mar, na abertura do World Ocean Summit 2017, organizado pela revista The Economist, que decorreu em Bali esta semana. A cimeira reuniu decisores políticos, empresas, ONGs e cientistas de todo o mundo que discutiram temas relacionados com o financiamento de uma economia sustentável nos oceanos.
Governação dos oceanos
Durante o debate, em que foram abordadas questões de governação dos oceanos, Ana Paula Vitorino sublinhou a importância de Portugal ter criado um Ministério do Mar “dotado de competências para assegurar coordenação transversal dos assuntos do mar, e do transporte marítimo e dos portos em particular, assegurando ainda a integração de políticas e a gestão dos fundos nacionais e europeus relativos ao mar, nomeadamente a criação do Fundo Azul”.
Na sua intervenção, a ministra do Mar referiu também o Roteiro para as Energias Renováveis Oceânicas, que visa a criação de um cluster industrial virado para a exportação destas tecnologias, tendo referido que “as energias renováveis do oceano têm potencial para suprir 25% das necessidades de geração eléctrica de Portugal.
À margem da conferência a ministra do Mar teve várias reuniões com empreendedores e investidores divulgando por um lado as oportunidades de investimento em Portugal e por outro o potencial de estabelecer parcerias win-win com centros de investigação e empresas nacionais.
Ana Paula Vitorino efectuou ainda encontros bilaterais com várias entidades internacionais, nomeadamente o secretário-geral da IMO (International Maritime Organization), Kitack Lim, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Peter Thomson, e ainda o Comissário Europeu do Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, em que foram estabelecidas linhas de possível colaboração com Portugal.
Agricultura e Mar Actual