A Fenafloresta – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais entregou, no passado dia 19 de Fevereiro, um manifesto conjunto aos representantes dos partidos candidatos às eleições legislativas antecipadas de 10 de Março de 2024. Trata-se do “Manifesto para uma Parceria Activa para o Desenvolvimento, Sustentabilidade e Resiliência dos Territórios e Ecossistemas Florestais”.
O documento foi entregue no Palácio Benagazil, sede da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, em Lisboa, no final de um debate conjunto com os partidos políticos sobre o futuro da floresta portuguesa, onde marcaram presença Pedro dos Santos Frazão (Partido Chega), Jorge Teixeira (Iniciativa Liberal), Maurício Marques (Aliança Democrática), Pedro do Carmo (PS) e Sara Lemos (PCP).
No Manifesto, as seis federações de produtores florestais (Fenafloresta, Forestis – Associação Florestal de Portugal, Fórum Florestal, Baladi – Federação Nacional dos Baldios, FNAPF — Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais e UNAC – União da Floresta Mediterrânica) convidam os partidos políticos a “assumir um pacto de regime para as florestas e o sector florestal, pela sua importância na ocupação do território, com impactos favoráveis em matéria ambiental e nas metas a cumprir do ponto de vista da mitigação das alterações climáticas”.
“Mas, também, para a economia e para a revitalização social dos espaços rurais, tendo por base o sistema de gestão integrada de fogos rurais, a perspectiva de transformação à escala da paisagem, a necessidade de promover a gestão territorial integrada e os modelos de organização institucional mais relevantes, como as Zonas de Intervenção Florestal, as Áreas Comunitárias e as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, e a concretização do cadastro e da reforma da propriedade rústica”.
No debate de 19 de Fevereiro, numa sala cheia, os diferentes candidatos puderam elencar quais os principais riscos que identificam para o sector florestal, apresentar algumas das suas propostas e medidas para este sector e discutir com a plateia onde devem encaixar as florestas, qual o seu papel e quais os melhores caminhos a percorrer para que esta seja um domínio nacional organizado, economicamente viável e sustentável, refere um comunicado da Fenafloresta.
Foram, ainda, abordados outros temas, em particular, a prevenção de incêndios, o cadastro de propriedade, a importância das cooperativas e das associações na gestão económica e paisagística de Portugal e, ainda, medidas para atrair e fixar a população nestes territórios.
Foi no final do debate — moderado pelo ex-secretário de Estado da Agricultura, Miguel Freitas — que foi entregue o memorando conjunto a cada um dos candidatos políticos e assinado pelos representantes da Fenafloresta, Forestis, Fórum Florestal, Baladi, FNAPF e UNAC, respectivamente, Armando Pacheco, Albano Alvares, António Louro, Pedro Gomes, Luís Damas e António Ferreira.
Pode ler o Manifesto aqui.
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