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Sintomas de declínio rápido da oliveira observados em Puglia, Itália. Foto: EPPO

Xylella fastidiosa. Um ano após a detecção Portugal tem 60 zonas infectadas

A Xylella fastidiosa foi detectada pela primeira vez no território nacional a 3 de Janeiro de 2019 em Vila Nova de Gaia, em plantas ornamentais, como a lavanda. Existem actualmente 60 zonas infectadas (ZI) onde foram recolhidas 3.535 amostras e já destruídas 11.130 plantas das diferentes espécies hospedeiras da bactéria.

Em causa uma bactéria que pode estar associada a 58 espécies/géneros de plantas, entre eles, a amendoeira, a cerejeira, a ameixeira, a oliveira, o sobreiro, a figueira, bem como plantas ornamentais e da flora espontânea.

O ponto de situação na zona demarcada de Xylella fastidiosa, um ano após a detecção do organismo em Portugal, foi realizado no passado dia 6 de Fevereiro, nas instalações da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte), no Porto. Segundo fonte institucional do ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, tratou-se de uma reunião de balanço relativa à implementação das acções e medidas de protecção fitossanitária na zona demarcada (ZD) de Xylella fastidiosa, estabelecida na sequência da detecção desta bactéria em Portugal.

Estiveram presentes a Adjunta do Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Susana Pombo, a Directora Regional da DRAP Norte, Carla Alves, a sub-directora-geral da DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, Ana Paula Carvalho, bem como outras entidades envolvidas nas acções de prospecção, controlo e erradicação deste organismo de quarentena, nomeadamente o ICNF, a DRAP Norte, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro), os vários municípios, agora abrangidos pela área demarcada e a PSP, GNR e ASAE — Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, também envolvidas nas acções de fiscalização.

Plano de situação

Esta reunião realizou-se na sequência das anteriores e coordenadas pela DGAV, enquanto autoridade fitossanitária nacional, sendo de relevar os seguintes pontos da ordem de trabalhos: actualização da informação respeitante à evolução da Zona Demarcada (ZD); apresentação do ponto de situação das prospecções e destruições realizadas pelas várias entidades; sensibilização para a intensificação do controlo do movimento de plantas para fora da ZD; e definição de mecanismos expeditos de notificação para a realização de cortes nas zonas infectadas.

60 zonas infectadas

Existem actualmente 60 zonas infectadas (ZI) onde foram recolhidas 3.535 amostras e já destruídas 11.130 plantas das diferentes espécies hospedeiras da bactéria.

Das acções realizadas em 2019 referentes à prospecção efectuada pelas várias entidades referiu-se também, a prospecção de 2.558 quadrículas da zona tampão 1 (ZT1), 217 quadrículas da zona tampão 2 (ZT2) e recolhidas 2 961 amostras, numa área territorial que abrange cerca de 66 mil ha.

ICNF em acção

No que diz respeito à actuação do ICNF, foi realizada a prospecção em 39 ZI (344 ha) nas quais foram recolhidas 980 amostras, prospectadas 2405 quadrículas da ZT1, 125 quadrículas da ZT2 e recolhidas 1 409 amostras, representando uma área territorial de intervenção que ocupa cerca de 27.500 ha atingindo-se uma taxa de execução de 100% (ZI), 98% (ZT1) e 99% (ZT2), dados à data de 31 de Dezembro de 2019.

O trabalho desenvolvido por equipas de vigilantes da natureza da DRCNF Norte, envolveu 8 equipas distintas, num total de 3.759 horas e cerca de 50.000Km percorridos, destinados à prospecção deste organismo, no decorrer do ano 2019.

Ver também:

ISQ promove agricultura inteligente através do uso de satélites na luta contra a Xyllela fastidiosa

Comissão publica lista de 20 pragas de combate prioritário. Xylella fastidiosa é a que tem maior impacto na agricultura

CDS quer actualização do Plano de Contingência para controlo da Xylella fastidiosa

Alerta – Doença Grave das Plantas – Xylella fastidiosa. Gaia distribui informação à população

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