O volume de capturas de pescado em Portugal, em Março de 2024, diminuiu 31,6% (-19,3% em Fevereiro), justificado pela menor captura de peixes marinhos (nomeadamente carapau e carapau negrão, cavala e peixe-espada), bem como de moluscos e crustáceos, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Maio de 2024.
Às 4.352 toneladas de pescado correspondeu uma receita que totalizou 21.521 mil euros, valor que representou também um decréscimo de 21,0% (-14,5% em Fevereiro).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 589 toneladas de pescado, ou seja, um aumento de 113,7%, sobretudo consequência da maior captura de tunídeos e cavala. Já as 293 toneladas da Região Autónoma da Madeira representaram uma diminuição de 22,2%, devido essencialmente ao menor volume de peixe-espada e tunídeos capturados na região.
Peixes marinhos
Quanto ao volume de peixes marinhos capturados a nível nacional, foi 3.100 toneladas e teve um decréscimo de 36,1% (-21,6% em Fevereiro). Para esta situação contribuíram as menores quantidades de carapau e carapau negrão (-54,1%), que não ultrapassou as 805 toneladas, cavala (-52,6%), com 257 toneladas, peixe-espada (-28,3%), com 287 toneladas, e biqueirão (-3,6%), com 11 toneladas capturadas.
Pelo contrário, houve um maior volume de captura de tunídeos (+35,3%), com 587 toneladas e de sardinha (+14,7%), com apenas uma tonelada capturada ao abrigo do Despacho N.º 42 DG/2023 de 15 de Dezembro, acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Maio de 2024.
Já o volume de crustáceos (119 toneladas) teve uma diminuição de 33,7%, devido sobretudo à menor quantidade de gamba branca, caranguejo mouro, lagostim, santola e camarões. As 1 107 toneladas de moluscos representaram igualmente um decréscimo de 15,6%, sendo de destacar o menor volume de polvo, choco, pota e lulas, bem como de bivalves, nomeadamente cadelinhas, adiantam os técnicos do INE.
Pode ler o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Maio de 2024 aqui.
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